Fome: a sombra que acompanha a desigualdade social no Brasil! - Banco de redações

No Brasil, a fome constitui uma chaga social, (Sem vírgula) que impede o exercício pleno da cidadania, (Sem vírgula) em um território marcado historicamente por profundas desigualdades sociais. Nesse cenário, enquanto uma pequena parte da elite detém grande parte das riquezas produzidas, uma significativa parcela da população, cerca de 5 milhões, entre 2015 e 2017, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (Apresente a sigla), convive diariamente com a escassez alimentar – constituindo, dessa forma, um verdadeiro ataque à dignidade da pessoa humana. Com efeito, este cenário tem como pano de fundo problemas relacionados à concentração de terras bem como à desproporcional distribuição de alimentos.

Em primeira análise, durante o século XX, inúmeros trabalhadores, objetivando se esquivar da fome e da pobreza, migraram em direção às grandes metrópoles, a saber, São Paulo e Rio de Janeiro, em busca de empregos, visto que, grande parte, não possuíam terras para produzir. Este quadro revela que persistir no território brasileiro uma concentração de terras, a qual impede o desenvolvimento social e econômico das famílias. Nesse caminho, a reforma agrária – sendo um direito amparado juridicamente – surge como uma forma de garantir uma partilha justa de terras, (Sem vírgula) que, acima de tudo, permita reduzir a desigualdade social. (Delimite e articule mais as discussões)

Em segunda análise, a nação brasileira é reconhecida internacionalmente pelo extraordinário potencial produtivo em termos de produção agrícola. Embora o Brasil lidere grandes exportações de gêneros alimentícios, uma acentuada parcela de cidadãos padece pela ausência de comida, (Sem vírgula) em um país que tem a capacidade produtiva e tecnologias para alimentar todos os brasileiros. Esta dicotomia evidencia que há a necessidade de políticas públicas, (Sem vírgula) nas quais o acesso ao alimento ocorresse de modo que a quantidade e a qualidade sejam suficientes para viver de forma saudável. A exemplo do programa “Fome Zero”, engendrado pelo governo federal, em 2003, por meio do qual milhões de pessoas passaram a viver dignamente, através de projetos de transferência de renda, como o Bolsa Família.

Portanto, buscando contribuir para a erradicação da pobreza, ou, até mesmo, atenuá-la, às prefeituras municipais caberiam dedicar uma verba específica, doada mensalmente, para as famílias que vivem à margem da sociedade, sem condições de alimentação e em estado de pobreza, a fim de condições de cidadania aos brasileiros. O valor recebido seria dedicado a compra de alimentos e para necessidades básicas do ser humano. Dessa forma, seria possível alimentar a esperança daqueles que, por fatores políticos, sociais e econômicos, (Sem vírgula) são vítimas das desigualdades sociais. (Reestruture a proposta de intervenção)