A abolição da escravidão no Ocidente foi determinada menos (Como assim?) por uma inspiração de ideais humanistas do que por uma necessidade que as nações recém-industrializadas tinham de um mercado consumidor mais amplo. Nesse contexto, o fim do regime escravocrata livrou os negros da submissão aos brancos, sem, em contrapartida, propiciar a inserção social dessa população, o que implicou em sua marginalização. Assim, em decorrência dessa exclusão histórica, os afrodescendentes brasileiros da atualidade têm um duplo desafio: de um lado, fugir dos estigmas sociais impostos à sua raça e, de outro lado, afrontar o preconceito racial velado existente na sociedade brasileira.
De uma parte, embora o Estatuto da Igualdade Racial exista desde 2010, dados recentes da ONU (Organização das Nações Unidas) afirmam que a cada 23 minutos um jovem negro é morto no Brasil. Tal fato evidencia um dos obstáculos na vida de uma pessoa afrodescendente - a violência - que vitimiza sobretudo membros dessa etnia. Esse problema se agrava ainda mais (Evite esse tipo de construção) quando a força policial estatal é uma das causadoras das agressões infligidas contra essa população (Por quê? Desenvolva essa ideia), segundo militantes do movimento negro. (Discussões pertinentes, no entanto precisam ser reestruturadas)
De outra parte, o preconceito étnico implícito na sociedade brasileira é outra mazela com a qual pessoas negras se deparam. Esse tipo de racismo não se manifesta de forma agressiva ou violenta (Será? Reflita), como na injúria racial, mas pode ser verificado em várias situações cotidianas, desde o fato de que a maioria dos serviços braçais é executada por negros até a constatação de que os professores afrodescendentes de uma instituição como a USP (Universidade de São Paulo) representam apenas 0,09% do corpo docente. (Discussão limitada)
Fica evidente, portanto, que os afrobrasileiros enfrentam ao mesmo tempo a desigualdade social e o racismo velado. Para amenizar esse problema, é imprescindível que o Estado Brasileiro amplie o número de vagas universitárias destinadas a membros da população negra, visto que esse grupo já corresponde a 55% da população brasileira, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Assim, aumentará o número de afrodescendentes nas universidades, garantindo-lhes a igualdade material prevista na Constituinte Constituição de 1988. (Desenvolvimento limitado da proposta)
Comentários do corretor
Os argumentos apresentados no texto são pertinentes ao tema, no entanto precisam ser mais desenvolvolvidos. Não deixe de exercitar a sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 150 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 150 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 100 | Nível 3 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 150 | Nível 4 - Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 150 | Nível 4 - Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 700 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |