Mulheres na ágora: agora! - Banco de redações

Hipátia de Alexandria foi uma mulher que conquistou sua educação formal e política, apesar de não poder obter concessão para tal, (Sem vírgula) à época em que viveu. No entanto, isso ainda se perpetua, (Sem vírgula) ante o desprovimento de direitos que acomete outras mulheres e meninas mundo afora; principalmente nas esferas educacional e política brasileiras. Culturalmente enraizada, a misoginia se mantém como inibidora da paridade de gênero.

Filosofas no Período Antigo não foi um lugar-comum no espectro das ideias (Reestruture). Todavia, Hipátia dedicou por si mesma a buscar conhecimentos que lhe eram restritos. Ainda assim, sofreu perseguições tal qual Malala Yousefzai no mundo contemporâneo, quando da sobrevivência ao atentado do grupo terrorista talibã ela tornou maior a sua luta pela educação das meninas no mundo árabe. (Apenas expõe)

Dentro do cenário brasileiro, a equidade de gênero é respaldada constitucionalmente pela Lei Maior – contrário ao que ocorre na realidade arábica. No entanto, dados do Censo IBGE 2010 demonstram que as práticas, longe, se aplicam à lei. Enquanto 60% das mulheres frente a 40% dos homens formam no ensino superior, estes se sobressaem com ganho salarial 27,5% a mais dos que as primeiras – evidências de que mesmo estudando mais, as mulheres ganham menos.

Ademais, a sub-representação feminina na esfera política torna ainda mais excludentes os projetos do legislativo, já que segundo o Mapa da Violência 2015 apenas 16,0% dos cargos no Senado e 9,9% das cadeiras da Câmara são ocupados pelo sexo feminino, em uma população com prevalência deste. É notável, portanto (Vírgula) o disparate da participação da mulher na sociedade frente aos homens, ocasionado pelas raízes misóginas dos papéis sociais.

Esse é um desafio a ser erradicado pela inclusão. O Estado, enquanto agente na esfera federal (Vírgula) deve se responsabilizar pelo aumento de cotas da participação das mulheres na política, já que os atuais percentuais (30%) não se mostraram eficiente para a equiparação representativa no Legislativo. No contexto laboral, o comprometimento das empresas a fomentar a equidade salarial, para diminuir a desigualdade financeira, também se fará importante na medida em que minimiza contrastes de renda e gênero. Todavia, a partir do auxílio do Ministério da Educação (Mec) para a construção de uma escolaridade pautada no conhecimento dos seus direitos, poderá tornar as cidadãs mais cientes deles, seja por ver exemplos como Hipátia conquistá-lo ou Malala exercê-lo. Ademais, parafraseando esta última: uma menina, uma mulher, um livro e um trabalho podem mudar o mundo. (Evite esse tipo de construção)