A desigualdade social no Brasil é um problema visível que transmite seus efeitos por toda a sociedade. O Brasil, um país extenso geograficamente e culturalmente, possui desigualdades econômicas, regionais, raciais e de gênero, além de outras muitas vezes veladas nos cenários sociais. Desse modo, nota-se que tais disparidades são decorrentes de uma série de problemas que afetam a estrutura socioeconômica, política e cultural do país.
É importante destacar que a desigualdade não é algo recente. Sua origem está intimamente ligada com a relação de poder de uns indivíduos sobre os outros. Aquele que detém o poder, provavelmente possui vantagens que envolvem aspectos físicos, intelectuais, econômicos ou sociais em relação a outros que não os detém, ou os possuem em menor nível. De acordo com estudos realizados por arqueólogos britânicos das universidades de Bristol, Cardiff e Oxford, esse problema é detectado desde o período neolítico. No contexto brasileiro, a desigualdade começa a ser notada mais fortemente com a invasão portuguesa e consequente exploração dos indígenas, além da escravização dos africanos. Por isso, observa-se que as desigualdades acompanham a humanidade há séculos, e diante do cenário político e econômico de muitos países como o Brasil, pode-se afirmar que continuará a ocorrer por tempo indeterminado.
Faz-se necessário apontar ainda que a desigualdade social ocorre tanto nos países subdesenvolvidos quanto nos desenvolvidos. Entretanto, os primeiros, nos quais o Brasil se encaixa, possuem maiores taxas dessa discrepância em relação às questões sociais em diversos âmbitos. Tais disparidades têm se acentuado no país de forma assustadora. O Brasil ocupa a 79ª posição no ranking dos 188 países analisados pela Organização das Nações Unidas (ONU), para avaliar o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). A partir desse número, percebe-se que o analfabetismo, a escolaridade, o desemprego, a pobreza, entre outros pontos relevantes, ainda se mantêm visíveis mesmo que tenha havido uma diminuição dessas questões se comparadas aos anos anteriores.
O Brasil mantém-se, desde o ano de 2015, na 79ª posição do IDH, o que é um fato preocupante. Além da construção histórica e desigual da qual o país é fruto, nota-se que o contexto político e econômico do Brasil favorecem a manutenção dessas disparidades. Com tanta corrupção praticada pelos ditos “representantes do povo”, a sociedade brasileira, principalmente as classes sociais mais desfavorecidas, possuem cada vez menos chances de avançarem para melhores condições de saúde, educação, moradia, e econômicas. Isso mostra a ação insuficiente (Vírgula) e por muito, ineficaz do governo. Dessa forma, a realidade brasileira, de uma maneira geral (Vírgula) é que aqueles que nasceram em classes sociais mais altas continuarão em seus postos, gozando de ótimas condições de vida, enquanto que o pobre dificilmente saíra sairá da posição em que se encontra. Isso é em síntese, um ciclo vicioso da manutenção da desigualdade (Vírgula) que é muitas vezes repleto de interesses pessoais daqueles que se beneficiam por serem desiguais.
Portanto, observa-se que a desigualdade social no Brasil é algo real e visível em todo o território nacional. Para solucionar essa problemática é basilar que o Estado torne-se apto para suprir as necessidades da população no que se refere ao acesso à serviços básicos de qualidade como educação e saúde, além de ações (Que que ajudem as pessoas a conseguirem empregos. Cursos profissionalizantes gratuitos são importantes nesse quesito. Ademais, a sociedade civil, principalmente os mais privilegiados financeiramente, precisam se conscientizar de que todos são cidadãos desta nação e merecem ser tratados de igual forma, pois em tese, todos estão sujeitos aos mesmos direitos e deveres.
Comentários do corretor
O texto apresenta ótima ideias. Continue exercitando a sua escrita. Você está no caminho.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 150 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 200 | Nível 5 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 200 | Nível 5 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 150 | Nível 4 - Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 900 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |