- Banco de redações

No século XIX ocorreu no Brasil a Missão Artística Francesa, movimento que retratou as mazelas da sociedade, sendo a desigualdade social a mais evidente, já que o principal pintor da vanguarda, que é Jean-Baptiste Debret, retratou em seus quadros quase unicamente pessoas negras e pardas que eram excluídas, violentadas ou animalizadas no meio social. É inegável que na era contemporânea as mazelas ainda persistem, ou seja, a desigualdade social no século XXI gera exclusão, pobreza, desemprego e violência, necessitando medidas para extinguir essa prática e, consequentemente, tornar uma sociedade justa e solidária. (Ótima introdução)

Em primeiro lugar, é necessário ressaltar que o acesso aos direitos básicos do cidadão, como saúde, moradia, lazer e emprego esta  está relacionado a questões sociais. O escritor da corrente Naturalista Aluísio de Azevedo, em sua obra ''O Cortiço'', faz o modelo de uma sociedade marcada pela defasagem do Estado em relação aos direitos, causando marginalização das pessoas menos favorecidas financeiramente (Observe que os direitos citados anteriormente não eram assegurados aos cidadãos no período em que o livro fora escrito). Haja vista, essa desigualdade retratada na obra desse escritor, que é a desigualdade social, está inevitavelmente ligada violência, isto é, pessoas de baixa renda que não tem como ingressar no mercado de trabalho formal, buscam como saída para mediar essa exclusão causada pela sociedade o uso de atividades de cunho criminoso como meio de sustento e sobrevivência (Cuidado com esse tipo de afirmação, uma vez que foi feito uma generalização. Reformule essa ideia).

Consequentemente, as favelas brasileiras são o maior exemplo de consequência causada pela desigualdade social no país. O filósofo alemão Karl Marx, no seu livro clássico ''O Capital'', aponta que no capitalismo as coisas são personificadas e as pessoas são coisificadas. Analogamente, quando relacionado a desigualdade, é evidente que essa ''coisificação'' é mais nítida em locais de habitação coletiva, pois o Estado que deveria garantir o bem estar na sociedade, acabada sendo dirigido uniformemente por uma parcela política da população oriunda da classe alta e, consequentemente, esses indivíduos não se preocupam com as pessoas marginalizadas da sociedade, sobrepondo o individualismo sobre o coletivo. É notório que esse sobreposição de ideais aumenta tanto a desigualdade na sociedade brasileira, quanto o desemprego, violência e a evasão de direitos.

Torna-se evidente, portanto, que ações do Governo, de instituições privadas e dos indivíduo devem ser estabelecidas para melhorar o cenário brasileiro. Para isso, o Governo, por meio do Ministério do Desenvolvimento Social, tem o débito de ressocializar as pessoas marginalizadas do país, sendo a promoção de empregos o meio utilizado para se fazer essa ponte. Além disso, as instituições privadas devem valorizar o ser humano acima do lucro, promovendo projetos que visam diminuição da ''coisificação'' social de parcela da sociedade brasileira. Por fim, cabe ao indivíduo, como voluntário social, fazer a devida denúncia quando seus direitos básicos de cidadão não são atendidos pelo Estado e, caso o problema persista, denunciar aos órgãos internacionais. Só assim, as mazelas sociais retratas pela Missão Artista Francesa seriam extintas do Brasil contemporâneo.