Desde a História Antiga, imigrantes refugiados foram vistos de diferentes formas: escravos, terroristas e desprovidos de identidade. Essa histórica inferiorização do emigrado mostra como a supremacia da intolerância sempre esteve à frente na sociedade governada por condutas xenofóbicas e, ainda, caracteriza a motivação contra refugiados no século XXI. No caso em apreço, uma atitude modificadora desse cenário advém não só da recusa às raízes históricas da aversão aos imigrantes, senão pela mudança de pensamento acerca da imigração.
É inquestionável pontuar, de início, a relevância do pensamento de Aristóteles, segundo o qual, (Sem vírgula) o homem é um ser social fadado a viver em sociedade. Nesse viés, são vários os fatores responsáveis pelas práticas xenofóbicas contrariarem o "ethos" aristotélico da sociabilidade do ser humano. A princípio, na Idade Média, assistiu-se à a perseguição de refugiados puritanos pela Igreja Católica. Com efeito, após fugirem da ‘‘Guerra das Duas Rosas’’e estabelecem em solos dominados por católicos, puritanos foram massacrados diante da recusa de conversão ao catolicismo. Ademais, no território brasileiro encontrou-se Getúlio Vargas, cuja atitude xenofóbica se dirige não apenas aos judeus imigrantes da Alemanha, mas também a todo indivíduo socialista refugiado. Outrossim, em suma, finda as hostilidades da Segunda Guerra Mundial, alemães foram expulsos das suas casas após viverem durante séculos na Pomerânia, Silésia e Prússia Oriental. Isto posto, a história criou uma sociedade propícia para a exclusão do refugiado, pois, ao contrário da afirmação de Aristóteles, a imigração, nessa perspectiva, não sociabiliza, isola; não humaniza, desumaniza.
É indubitável pontuar, ademais, a significativa afirmação de Einstein, a saber, não se pode resolver os problemas do presente com a mentalidade do passado. Nesse prisma, a falta de resolução de impasses migratórios antigos (Quais? Dê exemplos) fazem persistirem os males da inferiorização do refugiado atualmente. Cabe enfatizar, a princípio, a implantação de barreiras nas fronteiras de países como Estados Unidos e México ou Bulgária e Turquia. Nessa esteira, muros renovam amarras de xenofobia aos imigrantes. Cabe ressaltar, outrossim, o preconceito social nos países que recebem os refugiados. No caso em tela, tanto a dificuldade no domínio do dialeto local quanto o problema de adaptação cultural do imigrante engendram condutas xenofóbicas pela população local. A consequência desse quadro é a persistência histórica de inferiorização do imigrante refugiado e, desse modo, relevante é uma mudança desse contexto.
Para reverter esse nó górdio da obesidade não há caminho, senão o de tomar atitudes capazes de modificar o quadro atual. Às Organizações Não Governamentais (ONGs) de diferentes países, por esse viés, pertencem-lhes as funções de fiscalizar, por via de voluntários, se os imigrantes em curso a outras nações estão sofrendo preconceitos pela população e, posteriormente, caso sejam confirmados, denunciar o país a órgãos internacionais. Às escolas, em suma, cumprem-lhes os papéis de mostrar aos alunos, por meio de oficinas de temática ''refugiados: imigração e xenofobia '' a importância da coesão social para a transformação do atual cenário político mundial. Só assim, as ideias propagandas propagadas por Aristóteles e Einstein, ou seja, da importância de uma sociedade unida e da necessidade de mudar a mentalidade acerca da imigração, constituem caminhos a resolverem os problemas de imigração ao redor do mundo.
Comentários do corretor
O texto apresenta ótimas ideias, no entanto precisam ser um pouco mais articuladas no que diz respeito a progressão de sentido.
Continue exercitando a sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 150 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 150 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 150 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 100 | Nível 3 - Articula as partes do texto, de forma mediana, com inadequações, e apresenta repertório pouco diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 150 | Nível 4 - Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 700 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |