Bullying: violência despótica - Banco de redações

No romance "Laranja mecânica" (Vírgula) de Anthony Burgess, o protagonista Alex é um jovem que apresenta ações agressivas - físicas e verbais - aos outros sujeitos da trama sem nenhum motivo aparente, sendo motivado apenas pelo prazer de agredir e de se sobrepor às pessoas em seu ciclo social. Tal conjuntura, embora fictícia, também pode ser notada no Brasil, através por meio de dos constantes casos de bullying não só nas escolas de todo o país como também no ambiente virtual.

É possível afirmar que uma das causas para a prática do bullying  no âmbito escolar é a intolerância ao sincretismo de estilos, religiões, culturas e raças presentes na sala de aula. Cabelo Bombril, bichona, sapatão, baleia e palito-de-dente são alguns exemplos dos apelidos direcionados aos jovens que não se enquadram nos padrões de comportamento impostos pela sociedade. Convém lembrar ainda que as agressões físicas são mais recorrentes entre jovens que não possuem a capacidade ou a possibilidade de se defenderem, revelando, dessa maneira, um relação de forças e poder. As redes sociais - Facebook, Twitter, Instagram - são, também, meios usados pelo Bully ( termo que significa "valentão" em Inglês e que deu origem ao termo bullying ) para inferiorizar e oprimir outros jovens. (Boas discussões, mas é preciso desenvolver com mais clareza)

Como consequência dessa conduta intolerante e violenta de uma parcela da juventude brasileira, o desenvolvimento psicológico e profissional das vítimas é afetado. As pessoas que sofreram bullying (Vírgula) quando jovens (Vírgula) buscarão se encaixar no padrão social aceito (Qual seria o padrão social aceito? Discuta isso no texto) pelos demais na tentativa de não serem mais alvos desse tipo de agressão e "tolhem" sua própria personalidade. Além disso, a vítima não consegue desenvolver com facilidade as relações interpessoais tão necessárias no ambiente de trabalho, pois ela tem medo de não ser aceita ou de ser humilhada. Segundo um levantamento de dados realizado no Rio de Janeiro pela  ONG Abrapia ( Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência ), 40% dos participantes revelaram que sofrem ou ainda enfrentam o bullying.  

Em decorrência disso, o terceiro setor - composto por associações que buscam se organizar para conseguir melhorias na sociedade - deve informar e conscientizar os pais de todo o Brasil, (Sem vírgula) por meio de mais palestras e grupos de discussão, para que discutam com seus filhos sobre a importância de se respeitar a diversidade de estilos de vida (Por que isso é importante? Seria interessante discutir isso no texto) . Por fim, as escolas também devem incentivar palestras feitas pelos próprios alunos sobre o combate ao bullying. Assim, diminuirão os casos dessa prática nas escolas e a violência juvenil retratada na obra de Anthony Burgess seja somente algo idealizado pela literatura.