Reforma nem sempre é sinônimo de melhora. - Banco de redações

É evidente que nosso país vive tempos de reformas, onde, em que concomitantemente, (Sem vírgula) estamos na iminência de mudanças não apenas no campo da educação, mas também com alterações previstas para os sistemas previdenciário e trabalhista. Aprofundando-nos, exclusivamente, na reforma da educação, mais precisamente “reforma do ensino médio”, abre-se a discussão quanto à a eficácia das suas alterações e se as mesmas trariam mudanças significativas em comparação ao defasado (Por que ele é defasado? Explique) sistema de ensino brasileiro vigente.

Reformar significa corrigir, aperfeiçoar algo que não está bom. E é unânime que a metodologia educacional atual necessita de ajustes emergenciais (Cuidado ao fazer generalizações), situação que levou o governo a “atropelar”  o Projeto de Lei já existente sobre a mesma matéria, editando a Medida Provisória (Vírgula) com o propósito de dar celeridade ao processo. Entretanto, propor uma solução para um tema de tamanha importância como a educação é necessário antes, (Sem vírgula) um estudo minucioso, com peritos no assunto, importação de métodos consagrados e tecnicamente avaliados ao redor do mundo, além de discutir tal proposta com docentes e discentes, ambos que de fato contextualizarão tal reforma. A decisão aparenta ter cunho político, focado nos índices de desempenho atuais e na colocação de jovens no mercado de trabalho, (Sem vírgula) mais como uma forma de incentivar a economia do que propriamente capacitá-los.

Um dos principais motivos que levaram a adoção de tal postura é a corrente evasão de alunos que deveriam estar cursando o ensino médio e estão fora da escola. As disposições contidas na MP denotam a intenção do governo em resgatar o envolvimento do aluno no processo educacional dando-lhes autonomia para escolher qual grade curricular atende suas necessidades individuais, (Ponto final) todavia (Vírgula) a oferta de habilitações tende a ser desigual entre escolas e redes, o que levaria alunos a serem obrigados a mudar de unidade. O aumento de 600 horas aos anos letivos indica a necessidade de escolas ofertarem ensino em período integral, modalidade esta que requer um projeto pedagógico de alto nível, além do aumento significativo dos custos para sua manutenção – sendo que existe a tendência de cortes de gastos públicos também para a área educacional com a possível aprovação da PEC 241.

Fazer com que os jovens permaneçam na escola não basta, ampliar a carga horária sem qualificar os professores não produzirá efeito, dar-lhes autonomia e engajá-los no mercado de trabalho não é o papel precípuo do ensino básico, e sim formá-los cidadãos conscientes e responsáveis perante a sociedade e, por fim, dar celeridade ao processo, sem, contudo, resolvê-lo não parece ser uma medida inteligente.