Basicamente, segundo Darwin, em A Seleção das Espécies, o mais apto sobrevive ao meio. Ironicamente, o animal mais apto de todos, ao menos em tese – o homem, que é responsável não só por alterar milhares de quilômetros de natureza todos os anos como extinguir outras espécies -, vem se mostrando não tão bem-sucedido assim, pois, está perdendo a luta no combate a um velho inimigo, o Aedes Aegypt. Disso, fica o questionamento: o que está dando errado no combate a esse inimigo?
Muitos talvez não saibam, mas o maior problema não é o mosquito da dengue [mosquito-da-dengue] em si, e sim as viroses que ele pode transportar [vírgula] como, por exemplo, o vírus da Zika – responsável por causar a microcefalia em bebês; como se pôde verificar no Brasil no ano de 2016. Nesse sentido, segundo o infectologista da Unifesp, Marcelo N. Burattini, o grande aumento das áreas urbanas em países de clima tropical, como o caso do Brasil, foi determinante para a proliferação desses mosquitos, uma vez que eles se adaptam muito bem a [à] ‘ selva de pedras humana’.
Mas, [sem vírgula] uma vez que esse inimigo já foi derrotado antes, o atual problema é: por qual razão a espécie mais apta de todas vem falhando no combate a esse inseto? Isso pode estar ocorrendo no Brasil por duas razões; primeiro, o não cumprimento integral, por parte dos governos, das medidas necessárias para se enfrentar o Aedes. Segundo, o pouco engajamento da maior parte da população em não criar ambientes que sejam benéficos para a reprodução e proliferação desses mosquitos. Ambos, tanto Poder Público quanto sociedade, [sem vírgula] precisam fazer rigorosamente sua parte se desejam se ver livres das ameaças que o Aedes Aegypt pode transmitir.
Logo, para que as coisas comecem a dar certas no combate a esse mosquito, deve haver o cumprimento, por parte do Poder Público, na sua parte de fiscalizar e punir; da sociedade, em não contribuir para a sobrevivência desse inseto. Assim, talvez, ele possa ser paulatinamente controlado.
Comentários do corretor
O texto aborda o tema proposto, fez considerações válidas sobre a questão e apresentou um bom nível de escrita. Procure apenas ir além do que todos dizem sobre a questão, apresentando uma linha argumentativa bem embasada. Assim sendo, procure realizar um mais efetivo trabalho com os recursos argumentativos (citação, fatos, dados, exemplos, comparações, contraposições, retrospectivas históricas etc.) Além disso, procure elaborar uma proposta de intervenção mais ampla e específica.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 150 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 150 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 150 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 150 | Nível 4 - Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 150 | Nível 4 - Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 750 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |