Rebeliões, superlotação, presos reincidentes. Estes são itens abordados com frequência quando o assunto é o sistema prisional brasileiro. É preciso haver mudanças.
Em 1992, ocorreu o que é chamado [de "massacre do Carandiru", onde [no qual] cerca de 111 presos foram mortos pelas forças policiais. 24 anos depois, em 2016, a penitenciária de Manaus é [foi] palco de rebeliões com dezenas de presos decapitados. Esses [fatos] são reflexos da ineficácia do sistema prisional nacional, onde há mais falência que iniciativas.
Quando fatos assim acontecem, a mídia e a população, geralmente, começam a se atentar para esses problemas, mas trata-se de algo crônico. Várias pesquisas mostram que a maioria da população carcerária possui baixo grau de instrução e classe social. Assim, mesmo aqueles que cumprem a sua pena, vêem-se [veem-se] marginalizados pela sociedade e [vírgula] por isso, voltam a cometer crimes, fazendo do sistema prisional um ciclo vicioso e contribuindo para a superlotação. Além disso, não há funcionários suficientes nem estrutura que garanta a segurança dos presídios.
Portanto, é preciso que medidas sejam tomadas a fim de amenizar e até mesmo reverter essa problemática. Uma das soluções é o governo federal trabalhar com metas para diminuir a população carcerária a longo prazo, investindo em educação e acesso ao mercado de trabalho para populações carentes, como implementando bolsas permanência ["Bolsas-permanência"] para estudantes do ensino fundamental e médio e dando incentivos a parcerias de empresa-escola, uma vez que boa parte da população carcerária imerge no crime por falta de oportunidades. Além disso, é preciso que se contrate [contratem] mais agentes públicos e que eles sejam mais capacitados para supervisionar os presos e que sejam criadas mais penitenciárias de acordo com o grau de periculosidade dos detentos. Assim, é possível que num [que, em um] futuro breve, não sejam ouvidas notícias trágicas advindas das prisões brasileiras.
Comentários do corretor
O texto apresentou um bom nível de escrita e fez colocações pertinentes sobre a questão. Há uma proposta de intervenção sobre o tema e o tema foi bem explanado. Procure realizar um mais amplo trabalho com os recursos argumentativos (citação, ironia, fatos, dados, exemplos, retrospectivas históricas etc.) para enriquecer ainda mais o texto.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 150 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 150 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 150 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 150 | Nível 4 - Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 150 | Nível 4 - Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 750 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |