Quem educa a criança jamais punirá o adulto. Educar é preciso para o sistema mudar, a realidade prisional do Brasil é de caos total, não existe um projeto de reabilitação e ressocialização dos condenados, e sim um deposito [depósito] de gente entregues ao azar. Nesse país se uma pessoa for pobre, preto, ignorante e sem profissão pior pra [para]ele. Agora, se for tudo isso e ex- prisioneiro é o fim dele. Isso mesmo, aqui, a sociedade não perdoa os erros do outro, quem comete um erro pagará a vida inteira, se for pobre.
No ano de 2000, um jovem estudante baiano roubou três livros de uma livraria para estudar. Foi parar no presidio da Mata escura na hora, sem julgamento nem condenação. Em julho de 2013 [vírgula] Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, foi condenado por homicídio culposo. Pena? Prestar serviços comunitários por dois longos anos. Ora, parece brincadeira, só que não é, e tudo parece muito injusto para se transformar [vírgula] já que a injustiça já vem de brinde na saga de grande parte da população menos favorecida brasileira.
Como melhorar um sistema injusto onde a força da injustiça é aceita como normal? Onde você é ensinado a acreditar que não vale nada e que não presta para nada? Tem que haver uma mudança de valores urgente, tem que acreditar. Não pode tratar essas pessoas como lixo. E [É] dever desses estabelecimentos resgatar a dignidade humana dos que cometeram erros, e não, [sem vírgula] condená-los a uma pena eterna.
A educação é o único caminho, os presídios têm que gerar renda, eles devem ser obrigados a trabalhar e estudar, nada de armas nem drogas. E muito menos comunicação com a vida fora dos muros da prisão [vírgula] afinal é pena ou férias? O que aconteceu em Manaus não deve se repetir nunca mais nem no Brasil nem no mundo. Violência só gera mais violência, o governo deve pensar na frente, prisão deve ser um lugar para dar uma nova chance para alguém e não o fim de toda humanidade restante. Bandido bom é transformado em cidadão.
Comentários do corretor
O texto faz colocações pertinentes, todavia, o foco do tema era falar do sistema carcerário brasileiro, e não de desigualdade de tratamento oriunda de classe social. Além disso, cuidado com senso comum e achismos. Apresente uma linha argumentativa bem embasada para validar sua tese. Para isso, procure realizar um mais amplo trabalho com os recursos argumentativos (citação, ironia, fatos, dados, exemplos etc.) para enriquecer ainda mais o texto.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 150 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 100 | Nível 3 - Desenvolve o tema por meio de argumentação previsível e apresenta domínio mediano do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 100 | Nível 3 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, limitados aos argumentos dos textos motivadores e pouco organizados, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 150 | Nível 4 - Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 150 | Nível 4 - Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 650 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |