A religião é uma das formas de cultura mais antigas da história da humanidade. Inicialmente criadas como forma de tentar explicar o mundo ao redor, as religiões foram se modificando e se diversificando ao longo do tempo. Hoje, a variedade continua, porém ainda persiste uma intolerância e não respeito a essas diferenças. O questionamento quanto a dogmas religiosos foi sempre comum desde o surgimento da filosofia. No entanto, quando o posicionamento parte para discriminação e agressão verbal ou física, já trata-se [se trata] de intolerância religiosa.
Um exemplo claro disso são as capas das publicações de uma revista francesa, Charlie Hebdo, que expõe [expuseram] desenhos obscenos e desrespeitosos contra a religião Islâmica. No Brasil, umas das principais religiões que sofrem discriminação são as afro-brasileiras. Surgidas na época da escravidão, até hoje os seus participantes sofrem frequentemente preconceito. Alguns dos motivos que causam esta [essa] aversão é a ignorância quanto ao que realmente pregam e o preconceito racial, por consistirem em sua maioria de pessoas negras.
Os casos de intolerância religiosa não se limitam a [à] agressão verbal, mas também física, causando até mesmo mortes. As vítimas dessa violência, principalmente quando esta é verbal, em grande parte não denunciam à Justiça, [vírgula] por não conhecerem muito bem os seus direitos e as punições aos agressores. Pode-se afirmar, portanto, antes de tudo, que deve-se [se deve] respeitar a liberdade de crença de cada indivíduo.
Para que essa ideia se fixe na sociedade brasileira, é necessário haver uma divulgação maior sobre o tema pela mídia, mostrando os casos de violência física e verbal, [sem vírgula] e informando sobre as leis e os direitos relacionados. Estas [Essas] informações também devem ser passadas nas escolas, junto com uma abordagem cultural sobre as religiões para que as crianças e os jovens as conheçam e, em um futuro próximo, o nosso país seja constituído de uma sociedade com mais respeito às diferenças.
Comentários do corretor
O texto revela razoável domínio da modalidade escrita formal e do tipo dissertativo-argumentativo, além de não apresentar graves problemas linguísticos. O tema é desenvolvido de forma coerente, os argumentos são consistentes e não há problemas de estruturação das ideias. Há uma proposta de intervenção para o problema apresentado que respeita os direitos humanos.
Poderia ter sido realizado um mais amplo trabalho com os recursos argumentativos (citação, ironia, fatos, dados, exemplos, comparações, contraposições, retrospectivas históricas etc.) para enriquecer a linha argumentativa.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 100 | Nível 3 - Demonstra domínio mediano da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com alguns desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 150 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 150 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 150 | Nível 4 - Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 150 | Nível 4 - Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 700 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |