Desde a promulgação da Constituição Federal de 1988, o Brasil passou a ser um Estado laico, [ponto final] em teoria todos os cidadãos têm o direito de professar qualquer religião que lhes aprouver, na prática, entretanto, não é bem assim. A intolerância religiosa está profundamente enraizada em nossa sociedade e faz vítimas diariamente. Precisamos, então, encontrar os caminhos para combatê-la.
Nesse sentido, é preciso primeiro entender as causas do problema. Grande parte dos casos de agressão por motivos religiosos é direcionada aos adéptos [adeptos] de crenças de matriz africana. Há pouco tempo o jornal G1 noticiou que uma jovem negra foi agredida a pedradas por frequentar um local de culto da umbanda. [vírgula] O que nos mostra que, [sem vírgula] a intolerância muitas vezes tem origem racial. Em muitos casos [vírgula] a discriminação é promovida por outras correntes religiosas.
Destarte, presenciamos hoje no Brasil o crescimento notável da influência política e midiática de algumas seitas, o que [vírgula] além de comprometer a laicidade do país, acaba marginalizando ainda mais as minorias religiosas. Não é de hoje que a fé dominante tenta impor seus preceitos às custas de outras crenças. A reforma protestante e a inquisição nos mostraram como a fé pode ser usada como ferramenta de perseguição.
Portanto, se faz necessário encontrar os caminhos para combater e erradicar a intolerância religiosa. Para garantir os plenos direitos professados pela lei, precisamos que o Estado, mais precisamente, o Poder Judiciário, puna com rigor todos que atentem contra a liberdade de culto. Outra medida importante é coibir o uso da mídia para incentivar a intolerância, [ponto final] programas religiosos devem ser monitorados para evitar que sirvam para incentivar a exclusão e não aceitação de outras crenças, medida que pode ser feita pela própria população.
Comentários do corretor
O texto revela bom domínio da modalidade escrita formal e do tipo dissertativo-argumentativo, além de não apresentar graves problemas linguísticos. O tema é desenvolvido de forma coerente, os argumentos são consistentes e não há problemas de estruturação das ideias. Há uma proposta de intervenção para o problema apresentado que respeita os direitos humanos.
Cuidado apenas com argumentos sem comprovação prática. Sempre que afirmar algo, lembre-se de confirmar com exemplos claros e concretos.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 150 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 150 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 150 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 150 | Nível 4 - Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 800 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |