A formação histórica e cultural do Brasil demonstra que o país, desde a sua formação, tem a influência de incontáveis religiões. O colonizador português trazia em sua embarcação a tradição católica; o escravo proveniente da África contribuiu para a disseminação religiosa daquele continente; imigrantes judeus que chegam frequentemente ao país tupiniquim tentam enraizar o judaísmo na cultura brasileira. Apesar de que a pluralidade religiosa se mostra [mostrar-se] tão evidente na história e na contemporaneidade de nosso país, parte da sociedade não percebe (ou finge não perceber) a importância que a tolerância religiosa tem na atualidade.
Para exemplificar a veracidade deste [desse] tema no Brasil, basta analisar as irrefutáveis estatísticas. Segundo a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, a religião mais afetada pelos atos e argumentos intolerantes é a afro-brasileira [vírgula] com 75 denúncias entre 2011 e 2014. Outro dado alarmante retirado da mesma publicação: até julho de 2014, a cada 100 casos de desrespeito religioso, 12 acabaram em violência física, ou seja, a agressão à cidadania e à democracia ainda é frequente em um país que tenta explorar um futuro de respeito às crenças.
Com o objetivo de crucificar de vez a intolerância na cruz no [do] esquecimento, uma medida de intervenção eficaz deve ser adotada em caráter imediato. Apesar de já existir ensino voltado para as religiões nas escolas, as estatísticas mostram que ele ainda não é o suficiente. Para tanto, seria interessante que o Ministério da Educação aproveitasse a futura reforma que o Estado pretende realizar no ensino médio e intensificar nas matérias de ensino religioso e história a abordagem de religião, cidadania e tolerância.
Contando com tal intervenção, os jovens (que serão a futura geração) sairão da escola com nota máxima em cidadania. A partir de então, sabendo qual fora a formação histórica e cultural de seu país, ficará mais fácil para que esses mesmos jovens idealizem uma nação sem a cruz, a pedra e a ideologia da intolerância.
Comentários do corretor
O texto revela bom domínio da modalidade escrita formal e do tipo dissertativo-argumentativo, além de não apresentar graves problemas linguísticos. O tema é desenvolvido de forma coerente, os argumentos são consistentes e não há problemas de estruturação das ideias. Há uma proposta de intervenção para o problema apresentado que respeita os direitos humanos.
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Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 150 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 150 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 200 | Nível 5 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 150 | Nível 4 - Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 850 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |