- Banco de redações

Ultimamente, muito se debate a respeito da automedicação, por ser um dos temas mais dominantes e polêmicos na imprensa nacional. Tal prática é comum entre a população e se faz necessária em virtude da realidade do SUS – Sistema Único de Saúde, ganhando repercussão e interesse popular por representar “uma moeda de duas faces”: os riscos das superbactérias e de intoxicações e a autolimitação das doenças mais recorrentes frente à inconveniência de se sujeitar ao saturado atendimento público.

            No que se refere aos riscos assumidos ao se automedicar, o indivíduo pode favorecer as cepas bacterianas, no caso de uso indiscriminado de antibióticos, pois estes microorganismos [esses micro-organismos] são capazes de se tornarem [tornar] ainda mais resistentes aos medicamentos pela morte seletiva dos mais fracos. Além disso, os analgésicos,os antitérmicos e os antiinflamatórios [anti-inflamtórios] são remédios que mais ocasionam intoxicações alérgicas, a depender da combinação feita com outros medicamentos ainda surtindo efeito, pode [podem] levar ao choque anafilático, grau muito sério de alergia ?[vírgula] podendo chegar ao óbito. Há quem diga que a diferença entre o remédio e o veneno é, simplesmente, a dose administrada. Outrossim, os efeitos podem “mascarar” a doença, com uma falsa melhora, dificultando o diagnóstico.

            No tocante às doenças que mais afetam à [a]população, estas [elas] possuem um caráter de autolimitação, que não exige atenção exclusiva e indispensável do médico, pois apenas requer o alívio dos sinais e sintomas. Geralmente ?[vírgula] baseando-se em experiências anteriores enfrentadas pelo indivíduo ou por pessoa próxima, repetem a mesma medicação sem orientação alguma. Além disso, torna-se inconveniente e inviável sempre ir ao médico por qualquer mal-estar, resfriado ou dor de cabeça, acentuando ainda mais o colapso enfrentado nos principais hospitais públicos do país ao buscar atendimento. Obviamente, quicá houver algum médico atendendo.

            Em virtude dos fatos mencionados, possíveis soluções para resolver ou pelo menos amenizar o problema seria uma ação conjunta e integrada de toda a sociedade. A começar pelo governo ?[vírgula] criando leis, exigidas pelo povo, para dificultar o acesso a medicamentos de risco e viabilizar o atendimento de qualidade nos hospitais, com mais médicos e demais profissionais da saúde. As ONG’s [ONGs] e a mídia, pela capacidade de persuasão, orientar a população sobre os riscos de tal prática. As empresas e laboratórios fabricantes não mais distribuírem amostras grátis direto ao público sem prescrição – efeitos da lei. ?[vírgula] Bem como a família, reforçada pela escola, educar e orientar os futuros cidadãos sobre os riscos de se automedicar.