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Automedicação – devemos realmente combatê-la?

Enviada em: 05/10/2016

Status:

Corrigida
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No romance infantil "Alice no país das maravilhas", escrito por Lewis Carroll, a protagonista da trama bebe ou come algo a fim de alcançar o efeito desejado em seu organismo para se adaptar às situações inusitadas que ela enfrenta naquele mundo desconhecido. Tal ato de ingerir alimentos sem conhecer suas causas no corpo, embora fictício na obra, também pode ser notado no Brasil pela prática da automedicação. Isso é uma questão que levanta tanto pontos positivos quanto críticas.

Segundo o ICTQ (Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade), 46,7% dos brasileiros se automedicam [automedicam-se]. Diante do constante estresse vivido nas grandes metrópoles, da exaustiva jornada de trabalho e da intensa maratona de estudos, é inevitável [são inevitáveis] as dores de cabeça e o mal-estar. Nesse sentido, existem diversas marcas de analgésicos no mercado que prometem alívio das dores quase imediato para quem os toma. Dessa forma, não é necessário ir às filas do Sistema público de Saúde e saturá-lo ainda mais por sintomas simples de se medicar. Além disso, tal prática economiza tempo no cotidiano do homem moderno, o qual está sempre "atrasado" como o Coelho Branco, outro personagem na obra de Carrol que faz referência a [à] constante frenesi da era moderna.

No entanto, alguns problemas podem também ser causados devido ao uso indiscriminado de certos medicamentos. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, aproximadamente 35 mil pessoas já sofreram algum tipo de intoxicação por conta dessa ingestão automedicada.  Além disso, as próprias propagandas com a frase "Na persistência dos sintomas, o médico deve ser consultado" colocam esse profissional importante para a nossa saúde em segundo plano e prioriza a automedicação. Convém lembrar, ainda, que o uso inadequado de antibióticos desenvolvem [pode desenvolver] bactérias maid [mais] resistentes e a consequente dificuldade de combatê-las.

Em decorrência disso, cabe ao terceiro setor e ao Estado a tarefa de reverter esse cenário. O terceiro setor - composto por associações que buscam se organizar para conseguir melhorias na sociedade - deve conscientizar, por meio de mais palestras e grupos de discussão, as famílias de todo o Brasil sobre a importância de  se conhecer as causas dos remédios no organismo humano. Por fim, o Governo Federal deve regular e ajustar as propagandas de medicamentos, para que não coloquem os profissionais da saúde como uma segunda opção, mas [,] sim [,] como prioritários.

Comentários do corretor


O texto abordou o tema de forma clara e precisa; apresentou bons argumentos e também um bom nível de escrita. Todavia, como se trata de um texto dissertativo-argumentativo, ficou faltando a colocação de um ponto de vista claro e que respondesse à pergunta do tema: Devemos combater ou não a automedicação? Faltou um posicionamento mais evidente que respondesse a isso. 

Continue escrevendo!


Competências avaliadas


Competência Nota Motivo
Domínio da modalidade escrita formal 150 Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita.
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa 150 Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista 150 Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista.
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação 150 Nível 4 - Articula as partes do texto com poucas inadequações e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos 200 Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.
NOTA FINAL:     800


Veja abaixo a nota relacionada a cada nível
Nível 0 Nota 0
Nível 1 Nota 40
Nível 2 Nota 80
Nível 3 Nota 120
Nível 4 Nota 160
Nível 5 Nota 200