“Perder” é ganhar - Banco de redações

A introdução das novas tecnologias de comunicação na nossa sociedade nos faz atingir o ápice da inteligência humana no que se trata de evolução. Aparelhos cada vez mais modernos nos aproximam de coisas e pessoas distantes de nós fisicamente, mas nos deixam isolados daquilo que está ao nosso redor.

     As nossas relações com as pessoas ao nosso redor têm se tornado mais abstratas ou inexistentes com o passar dos tempos. Nossos pais e avós que se encontravam nas noites para conversar todas as noites, não conseguiram nos transmitir esse mesmo costume, pois foram abafados pela “modernidade”.

     O egoísmo humano entra em cena e prevalece em todas as nossas relações, pois não importa o que o outro pensa ou quer, e sim, aquilo que nos é conveniente. Um exemplo disso, é que não existem mais amizades duradouras em que confiamos nas pessoas em qualquer que seja a situação, os casamentos duram em média 15 anos, é só não gostar de alguém e trocar por outra pessoa.

     Os valores de algumas décadas atrás já não existem mais. Não se ensina mais como lutar pelo seu casamento até o fim, perdoar as pessoas, abrir mão dos seus desejos para agradar alguém, ou mesmo entrar em um consenso. Definimos amor como sendo um sentimento, quando na verdade deveria ser uma atitude.

     Talvez não possamos resgatar esses costumes e valores, mas podemos e devemos aprender a empatia. Nos olhar no lugar dos outros, ser honestos, justos, coerentes, compassivos, viver como dupla ou grupo, seja como for, e não numa ilha. Não reféns de um amor que se esvai com tanta facilidade a ponto de tratar pessoas como objetos, perder aquilo que nos prende nas nossas certezas, para obtermos solidez nas nossas relações.