Modernidade líquida - Banco de redações

      A revolução técnico-científico técnico-científica, conjuntamente com ao avanço neoliberal no fim do século XX, corroboraram para uma sociedade dinamizada e veloz. Não obstante, os efeitos advindos deste modelo social é repercutido repercutem nas relações humanas, de modo a questionar-se a forma superficial das mesma.

      A fluidez e o individualismo da filosofia capitalista afeta, em primazia, o núcleo familiar. O dinamismo intrínseco ao sistema vigente enfoca na questão individual, a qual enfraquece o convívio do homem para com o lar, o caracterizando como supérfluo. A valorização do “eu” e o mantra da meritocracia torna raro rara a dedicação familiar, as refeições conjuntas e as conversas pessoais- e íntimas- intrínsecas à esfera parental.

      Além disso, as relações passadas negativas, bem como o senso comum, fomentam relações futuras rasas. Despedidas dolorosas, términos de relações marcantes, traições e desapontamentos emocionais são alguns fatores de receiam o indivíduo a construir novas amizades e amores intensos, pois o medo de reviver uma situação traumática é pertinente e reforçada reforçado pelo senso comum de que “homem –e mulher- não presta” e “casamento é uma instituição falida”.

      As redes sociais, então caracterizadas como válvula de escape para estes indivíduos (e seus) receios e é vital para a conformação da sociedade líquida. Os contatos são rasos, visto que a mesma versatilidade presente em adicionar pessoas, é a mesma percebida em romper laços quando o outro desagrada, o que romper relações na vida em sociedade é mais longínquo, doloroso e traumático. Ou seja, estas esferas virtuais tornaram-se nada mais do que plataformas expositoras de notícias globais e fatos pertinentes ao próprio ego, e não redes sociais de forma literal.

      Fica evidente, portanto, a superficialidade como inerente às relações modernas, fomentadas pela dinâmica capitalista, experiências passadas ruins e fluidez dos contatos virtuais. A resolução da problemática inicialmente deve partir do próprio indivíduo, valorizando a o cerne familiar, o prazer advindo do aprofundamento relacional em detrimento do raso contato virtual- não caracterizando abandono total da última deste contato-, bem como o Estado, de forma auxiliar, deve efetivar diretrizes educacionais escolares no que tange a à desconstrução do conceito individualista e valorização das relações para com o próximo, em prol da formação de uma geração mais profunda. A mídia deve abordar em seus telejornais e dramaturgias, a questão dos relacionamentos superficiais para abranger a discussão familiar.