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Estamos nos relacionando de forma superficial?

Enviada em: 09/09/2016

Status:

Corrigida
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O século XX foi marcado pela passagem da sociedade de produção para a sociedade de consumo, o que culminou em uma série de mudanças, inclusive relacionadas às relações interpessoais. É evidente que o homem não deixou de se relacionar com o próximo, pois segundo Aristóteles, o ser humano depende dessa interação para viver, (;) contudo, observa-se nitidamente que essa relação tornou-se superficial.

Atualmente são escassos os vínculos de amizade, o que existe majoritariamente são laços momentâneos, sustentados por um alto desejo de consumo que transforma o homem em um objeto. Nas redes sociais, por exemplo, é comum tornar-se amigo de uma pessoa em um momento, curtir suas publicações e pouco tempo depois esquecer esse alguém. O grande número de indivíduos nessas redes, bem como o desejo de querer mais, coloca o homem em meio a multidões, o que para Jelson Oliveira, coordenador do curso de Filosofia da PUC-PR, anula o ser, que passa a não enxergar a si mesmo nem ao outro, o que o leva a estabelecer relações mecânicas com quem o cerca.

Além disso, pode-se relacionar esse novo modo de convivência do homem contemporâneo com a vontade de não sofrer. Na tentativa de evitar decepções, este extingue de sua vida laços de amizade, dado que para Nietzsche a amizade é o espaço de boa disputa, ou seja, é a interação que tira o indivíduo de sua zona de conforto.

Nota-se, dessa forma, que as relações interpessoais contemporâneas – superficiais - são resultados de transformações históricas desenvolvidas ao longo do tempo que alteraram o comportamento da sociedade. Uma maneira de reverter essa situação é pela readoção de costumes esquecidos, como reunião da família na hora das refeições para socialização. Ou pelo uso consciente das redes sociais, como pelo desenvolvimento de grupos de família e/ou pessoas próximas para compartilhamento do cotidiano, na tentativa de fortalecer laços. Tudo isso agregado a à difusão dessas atividades pela mídia, através de programas de entretenimento e informes publicitários, por exemplo. 

Comentários do corretor


Atenção à pontuação, à concordância de número (singular e plural), ao emprego da crase e à regência verbal.

O texto aborda o tema proposto de forma clara, objetiva, coerente, crítica e bem desenvolvida, com citações pertinentes ao assunto.

Continue exercitando sua escrita.

 

 


Competências avaliadas


Competência Nota Motivo
Domínio da modalidade escrita formal 150 Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita.
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa 150 Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão.
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista 200 Nível 5 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, em defesa de um ponto de vista.
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação 200 Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos.
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos 200 Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto.
NOTA FINAL:     900


Veja abaixo a nota relacionada a cada nível
Nível 0 Nota 0
Nível 1 Nota 40
Nível 2 Nota 80
Nível 3 Nota 120
Nível 4 Nota 160
Nível 5 Nota 200