- Banco de redações

Com o advento da Globalização, estar conectado ao que o mundo moderno oferece, seja por um smartphone ou um videogame de última geração, parece estar mais próximo da realidade social. Contudo, a fatídica perda de laços mais genuínos nas relações já era pregada pelo historiador, Alexander Soljenítsin, quando o mesmo afirmou que a pressa e a superficialidade seriam as doenças do século XXI.

A sociedade vive uma correria infernal. Na maioria das famílias, marido e mulher, têm atividade profissional estressante, e quando retornam para suas casas, sentam-se defronte o televisor e não conversam. Os filhos, sobrecarregados de tarefas curriculares ao longo do dia, trocam qualquer forma de relação com os familiares por algumas horas de interação com jogos eletrônicos. Para compensar a fatigante luta diária, consomem. Compram o que necessitam e, principalmente, supérfluos. Preenchem o lado material em detrimento do relacionamento interpessoal. 

Segundo a Teoria da Savana, nossos ancestrais, -apesar de serem individualistas-, necessitavam de um círculo social com cerca de até 150 membros. Isso propiciava aos integrantes do grupo estarem sempre mais próximos para as casualidades do cotidiano. Entretanto, na sociedade contemporânea, esse grupo de pessoas pode-se resumir a centenas de membros, o que torna, na maioria das vezes, num contato distante. E, quando essa interação se restringe apenas às mídias sociais, a relação se torna supérflua por, em muitos casos, visarem somente laços estreitos de "troca de likes".

Ademais, é necessário que a sociedade entenda que estar conectado faz parte do processo de Globalização. No entanto, é preciso também saber equilibrar os momentos de interação entre a atmosfera real de e a virtual. Em contrapartida, o Ministério da Educação, em conjunto com as instituições de ensino, devem implantar políticas públicas no âmbito escolar, promovendo conteúdos que façam os alunos refletirem sobre a atual condição das novas tecnologias nos relacionamentos.