As grades e os muros altos refletem o medo presente na sociedade, à a violência é algo que se encontra entrelaçada ao cotidiano das pessoas. Nem as câmeras, os alarmes e até mesmo a polícia conseguem garantir a segurança(,) a há muito perdida. Nesse cenário, percebe-se certa coerência na defesa da liberação do uso de armas pelo cidadão civil como forma de autopreservação.
Entretanto, optar pela legalização da posse de arma não seria outra coisa além da transferência de mais uma obrigação do Estado para o cidadão. É dever do Estado, previsto pela constituição, garantir a segurança social e(,) para isso, é destinado parte dos milhões* arrecadados em impostos.
Além disso, as consequências do aumento do número de armas de fogo em circulação são desconhecidas, podendo surtir efeitos contrários ao esperado. Uma sociedade armada pode estar mais propensa a fazer justiça com as próprias mãos, o que colaboraria para um possível aumento na taxa de homicídios. Fato esse, que aludi alude a à célebre frase de Hobbes(,) em que ele afirma “ser o Homem o seu próprio lobo” na ausência de uma força restritiva.
Não suficiente, não se é possível traçar com precisão o perfil psicológico de quem está comprando a arma, assim como também, o futuro do objeto. Quando em mãos erradas, as consequências podem ser várias, desde um acidente doméstico até uma chacina(,) como a ocorrida este ano em uma boate em Orlando, nos Estados Unidos, e em uma escola pública em Realengo, no Rio de Janeiro.
Embora a liberação do uso de armas possa parecer uma alternativa viável, ela não irá resolver com o problema da violência em si, caso não o agrave, devido ao fato de ele estar muito mais associado às questões de desigualdade social e da incompetência que o próprio Estado tem demonstrado no combate a violência. Assim, para se combater a violência, deve-se ir além, agindo sobre todas as suas causas e(,) para tal, torna-se essencial a atuação do Estado juntamente com a população.
Comentários do corretor
* trilhões
Atenção à pontuação, à grafia correta das palavras e ao emprego da crase.
O texto aborda o tema proposto de forma clara, objetiva, coerente e crítica, explorando fatos e citações pertinentes ao assunto.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 150 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 200 | Nível 5 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 200 | Nível 5 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 950 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |