Do Congresso Nacional às redes sociais, estão presentes atualmente discussões pautadas no porte de armas pela população civil. O projeto de lei, denominado Estatuto do Controle de Armas, determina o porte e a compra de armas a qualquer cidadão que cumpra os requisitos mínimos do projeto, o que impõe a questão se o armamento remete à autodefesa ou à autodestruição da sociedade.
Estudos realizados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) demonstram que o aumento de 1% na quantidade de armas de fogo em circulação pode elevar em até 2% a taxa de homicídios no país, o que inviabiliza qualquer projeto que se paute no armamento civil, pois se trata de uma proposta reacionária em relação a à vigente, que apesar de não solucionar a criminalidade, obteve resultados satisfatórios na estrutura de segurança do país.
A flexibilização da lei do desarmamento tem como objetivo a legítima defesa do indivíduo e não as raízes do mesmo, as quais as simples soluções buscadas pelo projeto não solucionam a problemática. Logo, percebe-se que a liberdade de autodefesa, além de ferir o direito à vida, se comporta como solução a curto prazo, pois prossegue sem o auxílio de reformas sociais e educacionais, provocando radicalizações como, por exemplo, o massacre na boate em Orlando, nos Estados Unidos, o maior do país com relação a armas de fogo.
Por conseguinte, entende-se que a criminalidade encontra-se nas raízes do indivíduo e que o armamento civil se torna uma autodestruição do mesmo e da sociedade ao ser um projeto efêmero e sem garantia. À vista disso, é necessário um maior investimento na educação em locais onde se situam elevadas taxas de violência, como em periferias e bairros pobres; (além de) práticas governamentais de bem-estar social às crianças e jovens, para que o indivíduo e a sociedade não recorram a à bestialidade como solução.
Comentários do corretor
Atenção ao emprego da crase, à concordância de número (singular e plural) e à coesão frasal.
O texto aborda o tema proposto de forma clara, objetiva, coerente e crítica, explorando muito bem dados e fatos pertinentes ao assunto.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 150 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 200 | Nível 5 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente, a partir de um repertório sociocultural produtivo e apresenta excelente domínio do texto dissertativo-argumentativo. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 200 | Nível 5 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 950 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |