O atual sentimento de impotência da população brasileira diante do aumento dos índices de violência à a níveis alarmantes(,) trouxe à tona a tentativa de revogar o Estatuto do Desarmamento(,) tendo em vista possibilitar o porte de armas pela população civil. No entanto, a abertura para a livre circulação de armas de fogo no país apenas visa o lucro da indústria bélica mascarado por uma falsa ideia de que o cidadão estaria legitimando o seu direito de defesa.
Não é papel do cidadão "fazer justiça com as próprias mãos", afinal, seguindo a premissa de Max Weber, o Estado é o único que detém o poder legítimo da coerção. Vale ressaltar que países em que o porte de armas é aceito legalmente não estão livres da criminalidade, estando ainda sujeitos a assassinatos de grandes proporções como foi o caso dos massacres ocorridos nos Estados Unidos em uma boate de público LGBT em 2016 e em um cinema em 2015. Fica claro que as armas não foram feitas para defender, e sim para matar.
Entretanto, é visível a fragilidade e ineficiência do Estado quanto a à regulamentação do uso de armas e quanto ao controle do contrabando no Brasil, o que facilita a circulação de armas ilegais que apenas contribuem para o aumento da criminalidade, enquanto a população apenas assiste ao descaso da segurança pública do país.
Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Cabe ao Estado investir em políticas públicas de segurança, apreender armas que não estão de acordo com a legislação, e investir no órgão responsável por combater a violência: a polícia, seja ela militar ou civil. E à Polícia Federal cabe extinguir o contrabando de armas tanto nas fronteiras como dentro do país, com o fito de legitimar o direito de segurança e defesa da população civil brasileira.
Comentários do corretor
Atenção à pontuação e ao emprego da crase.
O texto aborda o tema proposto de forma clara, objetiva, coerente e crítica.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 150 | Nível 4 - Demonstra bom domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios gramaticais e de convenções da escrita. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 150 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 200 | Nível 5 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema proposto, de forma consistente e organizada, configurando autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 200 | Nível 5 - Elabora muito bem proposta de intervenção, detalhada, relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 900 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |