Em 2003, com a criação do Estatuto do Desarmamento, o porte de armas de fogo passou a ser regulado em todo o território nacional. Porém, o recente aumento na criminalidade ressurgiu os debates sobre esse assunto. Sob essa perspectiva, nota-se como o armamento da população civil é necessário no país tendo em vista a fraca eficácia não só da Lei do Desarmamento, mas também da segurança pública.
Primeiramente, é inegável que a questão legal e a aplicação desse estatuto estejam entre as razões que justificam essa necessidade. Nesse sentido, as pessoas que pretendem usar esses artefatos para fins criminosos, o conseguem, mesmo que, na ilegalidade. Seguindo essa linha de pensamento, percebe-se que o Estatuto do Desarmamento, apesar das boas intenções, prejudica uma parcela da população, uma vez que tira o direito dela de se defender em nível de igualdade. Assim, muitos se encontram sem defesa pessoal e sujeitos à vontade dos infratores.
Além disso, destaca-se a tênue presença estatal na proteção da população. De acordo com Thomas Hobbes, é dever do Estado garantir a paz de todos. Seguindo essa linha de raciocínio, é possível afirmar que isso não acontece no Brasil, haja vista o alto e crescente número da criminalidade em nosso país. Dessa maneira, evidencia-se a necessidade de uma forma alternativa de segurança pessoal para cobrir as falhas das instituições governamentais.
Entende-se, portanto, que a importância do porte de armas pela população está intrinsecamente ligada à defesa dos direitos da mesma. Para garantir esse armamento, a Câmara dos Deputados deve aprovar o PL 3722/2012, projeto de lei que facilita o acesso ao porte de arma de fogo, além do Governo Federal elaborar planos de disponibilização de cursos de tiro aberto a todos e reforçar o investimento no setor de segurança pública, abrindo vagas para novos cargos. Dessa forma, com base no contrato social de Hobbes, a criminalidade será gradativamente minimizada no país.
Comentários do corretor
O texto aborda o tema proposto de forma clara, objetiva, com argumentação bem desenvolvida e bom domínio da norma padrão. No entanto, é possível aprofundar a análise, citando argumentos contrários à sua tese e refutando-os, o que tornaria o texto mais completo e persuasivo.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Competência | Nota | Motivo |
Domínio da modalidade escrita formal | 200 | Nível 5 - Demonstra excelente domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenções da escrita serão aceitos somente como excepcionalidade e quando não caracterizem reincidência. |
Compreender a proposta e aplicar conceitos das várias áreas de conhecimento para desenvolver o texto dissertativo-argumentativo em prosa | 150 | Nível 4 - Desenvolve o tema por meio de argumentação consistente e apresenta bom domínio do texto dissertativo-argumentativo, com proposição, argumentação e conclusão. |
Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações em defesa de um ponto de vista | 150 | Nível 4 - Apresenta informações, fatos e opiniões relacionados ao tema, de forma organizada, com indícios de autoria, em defesa de um ponto de vista. |
Conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a construção da argumentação | 200 | Nível 5 - Articula bem as partes do texto e apresenta repertório diversificado de recursos coesivos. |
Proposta de intervenção com respeito aos direitos humanos | 150 | Nível 4 - Elabora bem proposta de intervenção relacionada ao tema e articulada à discussão desenvolvida no texto. |
NOTA FINAL: 850 |
Veja abaixo a nota relacionada a cada nível | ||||
Nível 0 | Nota 0 | |||
Nível 1 | Nota 40 | |||
Nível 2 | Nota 80 | |||
Nível 3 | Nota 120 | |||
Nível 4 | Nota 160 | |||
Nível 5 | Nota 200 |