Quimeras na educação brasileira - Banco de redações

Segundo Foucault, tudo é politizável, tudo torna-se político. É nesse contexto em que se enquadra a atual situação do sistema educacional no Brasil(,) que é o primeiro a sofrer com os cortes orçamentários e cuja competência o governo tenta transferir para terceiros.

 Vista como ineficiente, a educação brasileira, é fruto de uma política excludente somada à desvalorização dos profissionais que atuam na área. Quando se fala em educação pública, o caso se agrava, vista por muitos como falida. Tal fato acaba por aprofundar ainda mais as diferenças sociais existentes no país: Aqueles aqueles que possuem melhores recursos financeiros optam pelas redes privadas(,) enquanto aos que não disponibilizam de tais meios, lhes restam o ensino público.

 Não suficiente, outro problema faz-se presente na crise econômica que assola o país. Para poupar gastos, as verbas destinadas ao ensino básico e ao superior foram reduzidas. Em Goiás foi proposto à proposta a terceirização da gestão da educação e em o Estado de São Paulo, o Estado, pretende fechar inúmeras escolas como forma de conter gastos. Fato que vai contra a Constituição vigente(,) uma vez que ela afirma ser direito de todos o acesso à educação, cabendo ao governo garantir isso.     

  Além disso, as políticas pedagógicas ultrapassadas associadas a à falta de maior participação social no meio educacional também são fatores agravantes. Para Antônio Nóvoa, a didática moderna não deve ficar presa à pedagogia passada e sim recorrer a outros meios como a à neurociências e a à tecnologia, para acompanhar o mundo do aluno que está em constante mudança. Isso(,) acompanhado por uma maior participação da população no âmbito escolar.

  Percebe-se(,) assim, que a problemática relacionada à educação brasileira resulta da ausência de um posicionamento mais energético enérgico da sociedade com relação ao tema, o que é consequente consequência do desconhecimento da maioria da população sobre os seus direitos, e do descaso do governo sobre (o) assunto, uma vez que ele não age efetivamente sobre o cerne do problema. Dessa forma, a mudança deve acontecer de baixo para cima, ou seja, deve partir da sociedade atuar de forma a exigir mudanças nas leis que tenham por objetivo garantir o cumprimento de seus direitos no que se refere ao ensino no país.