TODO MODISMO,INVARIAVELMENTE, TRAZ ALGUM GANHO PARA A CONCIENTIZAÇÃO - Banco de redações

Vivemos num mundo onde o modismo pauta da roupa à depilação dos corpos(,) e a alimentação não escapa desse elemento da cultura. Quem acompanha revistas especializadas em “vender” a estética corporal perfeita, já viu a “febre” da dieta da proteína, do tipo sanguíneo, da fruta, ortomolecular, etc . Agora, na década presente, é o momento da dieta zero glúten e zero lactose, que apregoam salvar nosso corpo de alergias e facilitar o emagrecimento.

Na atualidade, esses modismos alimentares que enfocam a necessidade quase matemática de ingestão de vegetais, legumes, proteína magra, carboidratos do bem e gorduras boas em proporções “ideais”, ganharam mais vulto, pois as redes sociais a e sua força em divulgar o que as pessoas comem e bebem em tempo real tornou o ato de se alimentar como um elemento que quase define o caráter das pessoas. Assim como era interessante posar com animais de estimação que tinham o mesmo pedigree que os das modelos internacionais há alguns anos, hoje é importante postar fotos de alimentação pseudo-equilibrada nutricionalmente.

A indústria alimentícia(,) percebendo a mudança de postura dos consumidores em relação à comida(,) tenta acompanhar quase que instantaneamente. Se a moda agora é privilegiar a proteínas, nada melhor que lançar claras pasteurizadas, como fez a marca Fleischeeggs. O vilão é o glúten, lança-se bolos sem essa proteína. Os leites vegetais são os melhores, então, abarrota-se prateleiras com embalagens desses produtos. O consumidor acredita que esse é o caminho para nutrir seu corpo sem precisar cozinhar e segue com a consciência tranquila.

Contudo, mesmo diante desse autoengano(,) o consumidor aos poucos consegue saber que o corpo humano precisa de certos nutrientes e meio que enviezadamente toma, sim, um pouco mais de consciência do valor de uma boa alimentação. Aos poucos, alguns conseguem ver que não basta saber o nome das categorias dos alimentos, é preciso descascar mais e desembalar menos. Esse é um primeiro passo rumo a uma verdadeira mudança de consciência alimentar.