Restaurar é educar - Banco de redações

Para superar a crise econômica de 1929, Franklin Roosevelt (ex-presidente dos EUA) investiu na construção de obras públicas para gerar empregos. Esse fenômeno espalhou-se para muitos outros países, o que colocou em foco a temática da retomada do espaço público nas cidades. Ora, se essa reconquista ao direito de uso do espaço urbano pode melhorar a vida econômica e cultural da coletividade, é irresponsabilidade do governo não investir na manutenção dela.

Nesse sentido, é preciso reajustar os espaços existentes de modo a vetar a violência nessas áreas. O medo por uma crescente onda de roubos faz com que parte da população utilize ambientes privados em seus horários de lazer. Assim, cabe ao Estado investir na instalação de medidas de segurança em ambientes públicos, como contratando empresas que implantem câmeras e guardas em ambientes abertos.

Ademais, fazer uma revisão da história nacional por meio de locais públicos deve ser prioridade. Nada melhor que ensinar fatos históricos para crianças por meio de artefatos e imagens de época, todavia as bibliotecas populares e museus de muitas cidades encontram-se em péssimo estado de conservação. Logo, investir na reforma desses locais é manter o slogan de “pátria educadora” da nação.

Por outro lado, é dever da própria população ocupar esses espaços. Com o aumento do fluxo populacional em áreas mais abertas(,) o governo perceberá os anseios dessa coletividade e colocará em prática medidas para melhoria desses ambientes, tornando-os um ponto de encontro e não apenas um local de fluxo de trânsito.

Portanto, efetivar por completo o direito à urbanização por meio de adequações aos espaços que já existem (muitas vezes a mais de um século) é fundamental para garantir o bem-estar social, que é o dever governamental. Afinal, isso já funcionou até para solucionar uma crise e colocar o bem comum em foco.