Sociabilização harmônica em prioridade - Banco de redações

Quando se discute sobre o espaço público nas cidades, são poucos que apresentam perspectivas positivas para sua real utilização. De fato, a falta de segurança, ambiência e mobilidades social, e uma precária infraestrutura são fatores problemáticos que inviabilizam uma harmoniosa relação do homem em locais urbanos livres. Diante desse cenário, o homem fica fadado a retomar ou mesmo criar tais ambientes por seu convívio social e cultural se encontrar em crise, já que as modernas relações transformarão as interações sociais naquilo que Adorno classifica como: “indústria cultural”.

É válido destacar, antes de tudo, que em uma sociedade tecnológica e líquida – esta prenunciada por Bauman – as relações sociais são postas em detrimento do desenvolvimento social. Dessa maneira, (a) precariedade em ambientes públicos se torna marca cuja e a agitação do dia a dia, a falta de sociabilização entre as pessoas e a crescente violência urbana ganham espaço. Nesse sentido, a transformação do uso coletivo como prioridade em contraposição ao crescimento econômico, imobiliário e industrial se faz mais que necessário necessária.

Melhorias nos transportes coletivos, implementação de ciclovias e áreas verdes são sugestões muito comuns para a retomada de um espaço público. Entretanto, antes de criar esses locais é preciso melhorar o ambiente que ocorre essas interações, para que problemas na infraestrutura, no trânsito e principalmente sociais sejam minimizados. Prova disso, temos construídas inúmeras praças e parques que são inutilizáveis por o número de por causa da violência, roubo e descuido quanto à limpeza e manutenção serem altos. Percebe-se, por consequente, certa urgência na adoção de medidas que combatam tais empecilhos e promovam a real ambiência urbana social.

Fica evidente, portanto, que a sociabilização em espaços públicos deve ser alvo de toda política urbanística. Isso, porque, as relações humanas estão cada vez mais superficiais e capitalistas, tornando os indivíduos meras mercadorias de uma “indústria cultural” que desencadeia problemas políticos e sociais. Para tanto, o governo(,) juntamente com as famílias(,) devem desenvolver projetos paliativos nas cidades, como cursos profissionalizantes, geladeiras e hortas colaborativas em locais públicos, visto que diminuindo as necessidades das pessoas carentes(,) minimizaria a ação dessas e de outras em tais espaços para suas práticas de delitos e coisas ilícitas*. Assim, a harmonia nos espaços públicos será retomada e propostas de maior ampliação de mobilidade e construção de áreas verdes serão positivas.