No Brasil, a ocupação dos espaços públicos intensificou-se a partir das manifestações de Junho de 2013. Atualmente, vivemos um processo de humanização dos grandes centros urbanos(,) que tendem a deixar de serem pensados apenas pelo viés econômico e lucrativo. Em contrapartida , ressurgem antigos preconceitos e desigualdades sobre quem está habilitado a frequentar esses ambientes.
Desde a Idade Média, o processo de urbanização privilegiou quem podia pagar por ela ele: a burguesia. A funcionalidade sempre foi o foco dos gestores desses Centros, uma vez que seu desenvolvimento deveria ser exclusivamente econômico. O que fez com que um dos principais direitos humanos torna-se se tornasse negociável: o direito à cidade. Todavia, a eclosão de movimentos sociais mostrou-nos que devemos reivindicar por melhorias sociais, inclusive, por melhores opções de esporte, lazer e cultura.
Frequentar parques, praças, ruas e feiras, não deixa de ser uma vivência cultural e ter um expressivo significado na formação humana. (,) Haja vista, que a Cultura é produto do coletivo e deve ser estimulada como tal, uma vez que esses lugares são frequentados por uma diversidade de pessoas com gêneros, orientações sexuais, cores e credos diferentes. Portanto, investir na arquitetura urbana é transformá-la em pontos de produção de trocas e saberes, além de ajudar a reduzir o caos, estresse e a poluição visual.
Por outro lado, as mudanças na estrutura física das cidades devem vir acompanhadas de mudanças comportamentais. Pelo fato de muitos lugares tornarem-se palcos de segregações sociais, por exemplo, as praias do Rio de Janeiro, onde moradores de classe média acusam jovens periféricos de serem desordeiros e declararem guerra contra os mesmos. Ao que parece(,) velhos preconceitos também deixaram os ambientes privados, pois, a maioria desses jovens são negros e pardos.
Dado isso, devemos problematizar as relações sociais para além dos espaços urbanos. Executar ações que de fato abarquem mudanças para os mais vulneráveis economicamente. Sobretudo, distribuir cartilhas sobre diversidade cultural, ética e direitos humanos em ambientes públicos, afinal, se reconhecermos a importância do outro(,) já melhoramos em parte o lugar que vivemos.
Comentários do corretor
Atenção à pontuação, à grafia correta das palavras, à concordância de gênero (masculino e feminino) e de número (singular e plural) e à objetividade.
O texto aborda o tema proposto de forma clara, coerente e crítica, fazendo uma retrospectiva da retomada dos espaços públicos e explorando exemplos atuais que ilustram o assunto.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.0 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 8.5 |
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0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |