Sem banho de chuva e sem banho de luar - Banco de redações

Era noite ! E a chuva não cessava. Não havia estrelas no céu, nem se via a luz do luar.
Numa aglomeração de nuvens furiosas havia algumas que derramavam suas lágrimas na velha terra. No barulho dos pingos ao tocar o chão, sentia-se numa vontade de chorar também, compartilhando com a chuva que de tão angustiados tentavam exprimir algo inexplicável. Por que não há ninguém nas ruas? Por que ninguém vem brincar? Tomar banho de chuva e sentir o cheiro de terra molhada? Por que as ruas são tristes e desertas? E não importa se é noite ou dia!

Porque não tem segurança. Com isso as famílias não incentivam seus filhos a desfrutar esse lugar tão mágico, onde se pode aprender tanto, onde todos são tão iguais. É E na rua só importa o ser, quanto mais gente melhor para compartilhar as brincadeiras(,)  o espaço e o tempo! Coisa que só quem teve o privilégio de brincar na rua sabe como era bom.

As ruas pertencem ao povo, aos poetas e aos passarinhos! É lá que nos sentimos livres de fato! Sem portas, trancas, janelas e paredes, caminhar, correr, pensar e viver! As cidades têm que ser pensadas para as pessoas. Menos pistas e mais calçada, menos shopping  e mais praças, menos dinheiro e mais qualidade de vida.

Não adianta enfeitar toda a cidade, fazer praças, parques e calçadas, se depois não colocar o mais importante(:) segurança para as pessoas irem e voltarem incólumes. A segurança pública de uma cidade, um Estado e um país é  dever e  obrigação dos governantes, e é a deles que o povo tem que cobrar. As ruas das grandes cidades(,) atualmente no Brasil, estão desertas, tristes e perigosas, Para a população voltar a frequentar as ruas é preciso que os governantes   promovam eventos seguros.