As formas de deslocamento criadas pelo homem refletem as transformações oriundas de cada contexto, o que engloba fatores sociais, políticos e econômicos. Nesse sentido, destaca-se a questão inerente ao trânsito nas cidades brasileiras, em que a falta de infraestrutura, o excessivo número de veículos, a precariedade dos serviços públicos e a presença de noções tênues de convívio harmônico condicionam um ambiente de caos.
Historicamente, percebe-se uma estreita relação entre o processo de industrialização do país e a consequente difusão dos automóveis. Isso porque, a partir da década de 50, houve uma expansão do setor secundário no Brasil, de modo que o surgimento desordenado das fábricas intensificou o êxodo rural e formou polos de grande concentração populacional(,) carentes de infraestrutura.
Vale salientar que a falta ?de planejamento por parte do Estado, que deixa de cumprir sua principal função enquanto ente regulador, impede a garantia de qualidade de vida aos cidadãos. Nesse sentido, destacam-se os excessivos gastos públicos em obras pouco eficientes e a não valorização de transportes alternativos. Consequentemente, cria-se no meio social um impulso a à utilização de veículos particulares, o que aglutina as rodovias.
Outro aspecto a ser destacado diz respeito a à formação dos próprios motoristas, visto que, infelizmente, no Brasil existe um mercado ilegal de concessão de habilitação àqueles que não se submeteram a nenhum tipo de preparo teórico ou prático, necessário a um condutor veicular. Isso representa a falência de valores morais e contribui para o convívio desarmônico no trânsito.
Portanto, é notório que estruturas advindas de um processo histórico prejudicam a mobilidade urbana no Brasil. Então, para que haja uma modificação positiva, é necessário necessária uma nova postura do governo, incentivando transportes alternativos, através de construção de ciclovias, por exemplo; além de melhorar os sistemas de transporte público, garantindo segurança e qualidade aos cidadãos.
Comentários do corretor
Atenção à pontuação, à concordância de gênero (masculino e feminino) e ao emprego da crase.
O texto aborda o tema proposto de forma clara, objetiva, coerente, bem desenvolvida e crítica.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
| Item | Nota | |
| Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
| Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
| Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
| Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
| Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
| NOTA FINAL: | 9 | |
| Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
| 0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |