Em muitos aspectos, a ciência pode nos ajudar. Por exemplo: dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar ao mesmo tempo. Apesar da premissa ser verídica, o trânsito num país motorizado como o Brasil parece tentar aglutinar carros e mais carros em um mesmo lugar. O que em tese é impossível, parece ter um fundo verossímil, basta que se ande de automóvel em uma grande cidade e a ação pode se tornar uma “batalha” de horas, tamanha é a quantidade de pessoas e veículos pelas ruas brasileiras. Vive-se uma quase imobilidade urbana.
Alguns dados estatísticos ajudam a ratificar essa tese. Segundo informações publicadas pelo portal de notícias da Rede Globo de televisão -o G1-, existem pouco mais que de 45 milhões de veículos em todo o Brasil. É como se aqui tivéssemos um carro para pouco mais de quatro habitantes, ou seja, a frota veicular ainda cresce, e a à medida em que vai subindo, o espaço para o tráfego se reduz, e consequentemente, aumenta-se o tempo no já parado trânsito.
Uma medida a longo prazo para tentar estimular o uso de meios de transporte alternativos e assim evitar tal problemática seria a implantação de um projeto que reduz o IPVA dos cidadãos que optarem e comprovarem, por nota fiscal, por exemplo, o uso de um meio de locomoção que não seja o carro ou necessariamente o ônibus*. Atrelado a isso, a criação de estabelecimentos que concedam essa nota e esses meios, como a bicicleta, por exemplo. Dessa forma, a fluência do trânsito aumentaria e o dinheiro investido em ciclofaixas seria muito melhor aproveitado, além de cuidados com a saúde e com a emissão de carbono.
Com essa medida, a expectativa é de que se comece a pedalar para um rumo em que se reduzirão as buzinas e se criarão cidadãos cônscios de seu futuro. Dessa maneira, com menos carros, não será mais necessário contrariarmos o princípio físico para tentar colocar em apenas um lugar todos os brasileiros.
Comentários do corretor
* Quem não se locomove com carro não paga IPVA, portanto o argumento é inválido. O IPVA só é pago por aqueles que possuem um veículo próprio.
Atenção à pontuação e ao emprego da crase.
O texto aborda o tema proposto de forma clara, objetiva e crítica, mas falta coerência em parte da argumentação.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
| Item | Nota | |
| Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
| Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.0 |
| Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 1.5 |
| Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
| Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 1.0 |
| NOTA FINAL: | 7 | |
| Saiba como é feito a classificação da notas | ||||
| 0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |