Desde os anos 1950, com o chamado Modelo Rodoviarista de JK, a questão da modernização urbana se faz presente na sociedade. Hodiernamente, em função das péssimas condições de tráfego nas grandes e médias cidades brasileiras, muito se descute discute sobre os desafios da mobilidade urbana no país. Nesse sentido, é válido considerar que a crescente frota de automóveis e o baixo investimento em infraestrutura de estradas e transportes públicos são empecilhos a serem superados.
O espírito consumista do capitalismo e o preconceito em relação ao transporte coletivo são fatores que contribuem com o elevado número de automóveis nas estradas. Só nos últimos 15 anos, a frota de veículos particulares mais que dobrou no país. Na cidade de Belém, por exemplo, em função da imensa quantidade de veículos, o tempo médio de deslocamento aumentou quase 50% entre 1992 e 2013. Dessa maneira, tanto o meio ambiente, que sofre com a emissão de poluentes, quanto a sociedade, que tem de conviver com engarrafamentos diários, são prejudicados.
Além disso, as más condições de ônibus e metrôs, e o pouco investimento em infraestrutura nas cidades fazem com que ocorra um inchaço urbano, haja vista que muitas pessoas se sentem desconfortáveis em usar tais meios de locomoção, e, assim, primem pelo conforto do particular. Por conseguinte, a ausência de vias exclusivas para bicicletas e ônibus, e a falta de passarelas para pedrestes tornam comprometida a agilidade de deslocamento dos cidadãos.
Portanto, com o intuito de alterar o cenário atual, no qual as horas perdidas no trânsito viraram rotina para boa parte dos cidadãos, é imprescindível a união entre governo e sociedade. Ao primeiro cabe investir em modos alternativos de locomoção - como transportes aquáticos (para cidades que possuirem rios) e ferroviários - e melhorar os já existentes, e, ainda, criar pedágios, com o objetivo de diminuir o número de automóveis nas ruas. Ademais, aos cidadãos, fica o dever de fazer o uso de tais transportes, seguindo o exemplo de países desenvolvidos, nos quais a condução coletiva não é sinônimo de status social.
Comentários do corretor
Atenção à pontuação e à grafia correta das palavras.
Bom texto. Aborda o tema proposto de forma clara, coerente e crítica, com dados atuais e pertinentes sobre o assunto.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 2.0 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.5 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 9.5 |
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0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |