“Olha o tamanho da saia da menina! Não realizou suas obrigações teve o que mereceu! Olha como ela se porta! Ela é inútil, não consegue fazer nada direito!” Quantas vezes nos deparamos com essas afirmações como forma de justificar a violência contra a mulher? Parece que o vilão “machismo” está de volta e vem provocando sutilmente a perda de valores e princípios sociais, seja por meio da cultura do medo ou mesmo ausência de espaço feminino.
Primeiramente, deve-se entender que a violência contra a mulher não é um assunto recente e por isso é um grande empecilho. Por muito tempo a sociedade patriarcal vigorou como cultura de excelência, porém por herança histórica o princípio ditador de que o homem é o controlador passou a ser marca da atual “sociedade moderna”. Prova disso, percebe-se nos percentuais em pesquisas que mais de 50% das mulheres não denunciam seus agressores por acharem-se que seus “dominadores” tiveram toda justificativa em lhes agredirem. Assim, o medo de roubarem de cena o controle masculino ou mesmo sofrerem consequências futuras ganham mais força e enraízam uma história antiga como nova.
Por outro lado, a falta de espaço feminino na tomada de decisões suspira como fator de persistência do imperante machismo. Segundo estudo publicado pelo IPEA(,) o número de casos de estrupo e denúncias no Brasil superam dados em países desenvolvidos como os Estados Unidos. Isso remete a à questão que a economia(,) em sua esfera de gerar oportunidade de trabalho e representatividade política, sendo os homens os mais beneficiados em detrimento das mulheres, é fator que inferioriza a participação da mulher. Tal ausência feminista feminina leva, por conseguinte, a uma imposição machista cada vez maior, corroborando para violências físicas e psicológicas.
Fica evidente, portanto, que o machismo ainda vigora por nossa sociedade colocar os homens como os dominadores. Dessa forma, suas ações tendem a reprimir a voz feminina e a provocar a cultura do medo na sociedade como um todo. Para tanto, os governos(,) juntamente com a sociedade(,) deveriam promover de forma mais intensa ações profiláticas que oferecem ofereçam serviços às comunidades, seja com aconselhamento psicológico ou assistência social. A mídia poderia desenvolver programas e propagandas que explorassem maior conscientização de que a mulher é “peça” fundamental na construção da sociedade. Dessa maneira, evitaremos violências, mortes e transtornos mentais(,) já que as mulheres terão seu espaço em casa, na rua, na política e na economia.
Comentários do corretor
Atenção à concordância de número (singular e plural), à grafia correta das palavras, ao emprego da crase e à concordância verbal.
O texto aborda o tema proposto de forma clara, objetiva, crítica e coerente.
Continue exercitando sua escrita.
Competências avaliadas
Item | Nota | |
Adequação ao Tema | Avalia se o texto consegue explorar as possibilidades de ideias que o tema favorece. Como no vestibular, a redação que foge ao tema é zerada. | 2.0 |
Adequação e Leitura Crítica da Coletânea | Avalia se o texto consegue perceber os pressupostos da coletânea, assim como fazer relação entre os pontos de vista apresentados e outras fontes de referência. | 1.5 |
Adequação ao Gênero Textual | Avalia se o texto emprega de forma adequada as características do gênero textual e se consegue utilizá-las de forma consciente e enriquecedora a serviço do projeto de texto. | 2.0 |
Adequação à modalidade padrão da língua | Avalia se o texto possui competência na modalidade escrita. Dessa forma, verifica o domínio morfológico, sintético, semântico e ortográfico. | 1.0 |
Coesão e Coerência | Avalia se o texto possui domínio dos processos de predicação, construção frasal, paragrafação e vocabulário. Além da correta utilização dos sinais de pontuação e dos elementos de articulação textual. | 2.0 |
NOTA FINAL: | 8.5 |
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0.0 - Ruim | 0.5 - Fraco | 1.0 - Bom | 1.5 - Muito bom | 2.0 - Excelente |