O que já sabemos sobre a educação internacional em 2024
Países como Reino Unido, Canadá e Austrália já anunciaram mudanças
Neste período do ano, entram em vigor novas regras e medidas tomadas pelo governo dos grandes destinos de estudo do mundo em relação às políticas de educação internacional, que podem afetar diretamente o seu plano de estudar no exterior.
A seguir, resumimos as mudanças que já foram anunciadas entre o final de 2023 e os primeiros dias de 2024.
1. Reino Unido
No Reino Unido, os estudantes internacionais já não têm mais permissão de se mudar com dependentes (filhos ou parceiros). As únicas exceções são para estudantes de pós-graduação de pesquisa ou doutorado.
Além disso, não é mais possível trocar o visto de estudante por um de trabalho antes da conclusão dos estudos. Esta medida específica busca encerrar um esquema de estrangeiros que se matriculavam em uma universidade no Reino Unido sem intenção de estudar, apenas para entrar legalmente no país e trocar o visto para trabalhar.
2. Canadá
No Canadá, o valor financeiro para tirar um study permit duplicou. Desde o dia 1º de janeiro de 2024, os solicitantes de visto de estudo no país agora precisam comprovar a quantia de C$ 20.635 em fundos, além do valor do primeiro ano do curso e dos custos iniciais de viagem. Este requisito busca garantir que todos tenham um orçamento seguro para se manter financeiramente no país.
"O objetivo é proteger os estudantes internacionais de situações de vulnerabilidade financeira e exploração", explicou o Ministro da Imigração, Refugiados e Cidadania do Canadá no anúncio. A exigência anterior, de C$ 10.000 mais mensalidades e viagem, permanecia inalterada há vários anos e já não condizia mais com a realidade do custo de vida no Canadá.
Mais especificamente em Quebec, o valor das universidades aumentará para estudantes de fora da província, incluindo estrangeiros. A partir do ano acadêmico de 2024-25, o custo mínimo dos cursos será de C$ 12.000 por ano, um aumento de 33% em relação ao valor anterior. Além disso, as universidades terão de garantir que 80% dos novos estudantes de 2025-26 em diante tenham conhecimentos intermediários da língua francesa ao se formarem.
3. Austrália
Quem vai solicitar um visto de estudante para a Austrália a partir de 2024 precisará de uma nota maior no IELTS, que dependerá dos estudos escolhidos: 6.0 para um curso acadêmico; 5.0 para um curso de inglês ELICOS); e 5.5 para um preparatório (pathway).
Além disso, a solicitação também incluirá, agora, um novo teste chamado Genuine Student Test - ou em tradução livre, Teste de Estudante Genuíno -, com o propósito de se qualificar para estudar na Austrália.
4. Argentina
O novo presidente da Argentina, Javier Milei, apresentou sua proposta de medidas econômicas no final de dezembro que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso. Se aceita, as universidades públicas argentinas passarão a cobrar de estudantes internacionais que estudam de graça no país. Apenas quem tiver residência permanente, ou seja, não precisa retornar ao seu país de origem com a conclusão dos estudos, continuará a estudar gratuitamente. O valor será determinado pela própria instituição de ensino superior.