Cursos de hacker (ético) no exterior

Universidades de diversos países oferecem cursos de graduação e pós-graduação para "hackers do bem".

Crédito da Imagem: HotCourses Brasil

Com certeza você já ouvir falar sobre hackers que invadem sites e contas, descobrem senhas, criam vírus e todo tipo de atividade virtual maliciosa. Hollywood tem vários filmes e séries sobre eles. Mas você sabia que existo o hacker do bem? Não só isso: você pode estudar essa área em uma universidade no exterior e transformá-la em carreira!

O hacker ético é o profissional que usa os seus conhecimentos técnicos para conseguir acesso a um sistema, aplicativo ou dados fechados, particulares... Mas com autorização. A intenção, ao ser contratado por um indivíduo ou organização para “invadir” um sistema, é identificar vulnerabilidade na cibersegurança, imaginar as estratégias e ações de outros hackers mal-intencionados e criar soluções para fortalecer a proteção do sistema.

Também conhecido como “chapéu branco” (ou white hat em inglês), os conceitos essenciais do hacker do bem são os seguintes, de acordo com o site Synopsys:

  • Exercer apenas atividades legais, obtendo aprovação adequada antes de praticar qualquer avaliação de segurança;
  • Determinar o escopo das ações dentro dos limites aprovados pelo cliente;
  • Relatar ao cliente todos os pontos vulneráveis descobertos durante a avaliação e sugerir soluções;
  • Respeitar a sensibilidade dos dados acessados e, em alguns casos, inclusive assinar um termo de confidencialidade.

De maneira geral, pode-se dizer que o trabalho do hacker ético é prevenir e bloquear as atividades de hackers maliciosos, mesmo que ambos possuam o mesmo conjunto de habilidades e conhecimentos. O primeiro trabalha na legalidade e faz das suas atividades uma profissão; o segundo é mal-intencionado e suas atividades são consideradas crimes.

Estudar hacking ético no exterior

Com a demanda por hackers éticos qualificados e especialistas em cibersegurança, universidades do mundo inteiro passaram a oferecer graduações e pós-graduação na área de estudo chamada Ethical Hacking – ou Hacking Ético.

Uma delas foi a Coventry University, no Reino Unido. O seu Bacharelado de Ciências em Hacking Ético e Cibersegurança tem três anos de duração e custo anual de £ 16.400 para estudantes internacionais. 

No currículo do curso, há disciplinas como Programação e Algoritmos, Sistemas de Banco de Dados e Web Desenvolvimento, Redes e Sistemas da Computação, Ciência Forense Digital e Aplicada, Teste de Intrusão (PenTest), entre outras.

O terceiro ano da graduação da Coventry é de estágio obrigatório em uma experiência profissional ou em um intercâmbio em uma instituição parceria em outro país, para que os estudantes adquiram a prática na área e contato direto com profissionais do setor.

Outro exemplo de curso é o Bacharelado de Ciências em Hacking Ético da Abertay University, também britânica. Com quatro anos de duração, os estudantes aprendem os processos por trás de ciberataques e hacking; como bloquear hacks ilegais; criar contramedidas e correções adequadas; barrar falhas na segurança rápida e profissionalmente; e documentar todo o processo. O valor da graduação para estudantes internacionais é de £ 15.500 por ano. 

Ambos os cursos possuem acreditação oficial de um órgão reconhecido do setor, a Sociedade de Computação Britânica (BCS), o que significa que atendem aos requisitos acadêmicos da indústria. Isso facilita a perspectiva profissional de quem se forma em uma dessas duas graduações. 

E aí, o que achou? Você concorda que as qualidades de um hacker podem ser usadas para o bem?