O que o Blog da Redação fez por você
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Já é de praxe. Quando chega o fim de ano é hora de fazer um balanço sobre os 12 meses que passaram. A proposta de hoje é verificar o quanto o Blog da Redação, presente desde o primeiro dia de vida do site, ajudou os vestibulandos a se prepararem para a prova de redação, afinal, tudo o que discutíamos aqui poderia ser tema de vestibular.
Analisando as provas que já foram divulgadas pelas universidades, foi possível perceber que acertamos em alguns pontos e erramos em outros. O melhor dessa análise é verificar que acertamos mais do que erramos. Para o ano de 2009, a meta é não deixar passar despercebidas algumas situações que podem, sim, cair na prova de redação. Acompanhe como foi o ano de 2008 pelos olhos do Blog e das principais universidades do país.
Os temas de redação
A UFT, por exemplo, escolheu como tema “o tempo e o homem”, que foram tratados à exaustão pelo Blog, como a briga pelas cotas, o novo presidente e a crise dos Estados Unidos, a questão das células-tronco embrionárias, enfim, tudo aquilo que transformou a vida do homem de alguma maneira.
A Unesp também tratou da relação do homem, mas desta vez com a natureza. O tema foi “o homem: inimigo do planeta?”. As enchentes que assolaram Santa Catarina são um exemplo do que ele pode provocar no sistema natural das coisas e de como ele pode alterar para pior o curso do planeta Terra.
A reforma da Língua Portuguesa também foi tema de redação neste ano. O Cederj e a UFC propuseram para desenvolvimento de um texto o assunto que foi destaque neste ano.
2008 também foi um ano de disputas na política por vagas de vereador e prefeito das cidades brasileiras e, claro, objeto de discussões em toda a mídia, principalmente àquilo que diz respeito à elegibilidade e à propaganda eleitoral obrigatória e gratuita. Assim como o Blog, a UFRN discutiu a responsabilidade dos políticos e o efeito das peças publicitárias em seus eleitores.
O ITA preferiu tratar do problema da violência, não só no Brasil, como pode parecer, mas em todo o mundo. Infelizmente tivemos vários exemplos: os erros dos policiais militares, as torturas em Goiás e os protestos no Tibete e ainda os jovens que mataram inocentes em escolas e universidades.
A violência também foi tema da Unicamp, mas dessa vez contra os animais. O Blog também relatou as crueldades cometidas contra cães que servem de "pacientes" para estudantes de Veterinária e ainda outros pequeninos animais que são utilizados há anos como cobaias em experimentos científicos.
Já a FATEC preferiu discutir a efetividade das proibições dentro da sociedade brasileira. Para isso ela utilizou como exemplo a lei seca e a proibição de fumar em estabelecimentos fechados, ambos tratados também pelo Blog. A UEPB e a UNIR preferiram falar sobre a influência da informática na vida do homem contemporâneo e do perigo da pedofilia com o acesso de crianças à internet.
De alguma forma a UFBA toca no mesmo ponto, questionando os hábitos da família brasileira, assim como fizemos no Blog, debatendo as razões que levam pais a agirem tão maldosamente contra seus próprios filhos e, como não poderia deixar de ser, citamos o caso Nardoni e Fritzl.
Acompanhamos a UFPE ao lidar com a relação entre o trabalho e o lazer e também a UFLA que quis discutir a verdade dos fatos e a verdade de cada um, assim como foram os casos da imprensa com Isabella e da China que a China não mostra.
Já a UFES quis tratar do direito à informação no Brasil. Nós também o fizemos ao publicar artigos sobre o problema da Igreja contra a Imprensa e também da responsabilidade da Imprensa no caso Isabella Nardoni. A PUC-Rio falou sobre a violência contra a mulher e que expressamos no caso da menina torturada em Goiás.
A UFCG e a UFG debateram temas semelhantes: a irresponsabilidade de empresas de produtos emagrecedores e as formas de vigilância e o controle do corpo. O Blog fez o mesmo ainda em Janeiro no texto Beleza: o novo vício do século XXI. Por último, a prova de redação do vestibular EAD da UEM falou sobre as brincadeiras de criança, ao que discutimos sobre a proibição dos jogos violentos de videogame.
O que não dava para ajudar
Alguns assuntos, porém, não foram tratados pelo Blog, como por exemplo aqueles que exigiam uma capacidade maior do vestibulando de subjetivar. Veja alguns desses temas:
- Direito FGV: “Mito e linguagem”
- PUC-RS: O lugar ideal para se viver
- UEL: “Nem tudo é o que parece”
- UEM: “As funções dos sonhos”
- UEPA: Apontar problemas e oferecer soluções para o Brasil
- UERJ: “Relatividade”
- UFMS: Relatar episódio marcante referente à leitura ou escrita
- UFSCar: “A importância da música na vida das pessoas”
O que não fizemos
Alguns temas que caíram em provas de redações não foram tratados porque “demos bobeira”. A UECE, por exemplo, pediu que os vestibulandos redigissem um texto sobre a efetividade da Declaração dos Direitos Humanos, que em 2008 completou 60 anos. A Unimontes discutiu o fim do nepotismo no Poder Legislativo e esse foi, com certeza, um assunto recorrente neste ano.
A UFRJ pediu que os candidatos expusessem um olhar sobre a normalidade/anormalidade, ao que me veio rápido à mente o caso do estudante morto por um policial na Grécia, o que gerou inúmeros protestos, e a possibilidade de confrontar esse episódio com o de outros estudantes mortos pela polícia brasileira onde nada foi feito pela população. A intenção seria demonstrar que enquanto neste país é “normal” morrer injustamente, na Grécia é algo inadmissível.
Já a Unifesp discutiu o problema da super-população, algo não muito debatido pela mídia e, portanto, um tema inesperado. Por fim, a UCG, que propôs que os candidatos se pusessem no lugar de parente de vítima de crime passional, numa clara alusão ao caso da jovem Eloá, que acabou morta pelo namorado. A equipe Vestibular Brasil Escola optou por não falar sobre o assunto para evitar distorções àquilo que vem a ser o objetivo da mídia: informar. Infelizmente pudemos observar que, de certa forma, o assassino de Eloá foi exaltado, ganhando um espaço que distorceu sua imagem de bandido para celebridade. Como era de se esperar, imediatamente depois desse, outros casos assemelhados acabaram acontecendo, o que nos cumpre dizer que a mídia, ao invés de combater esse tipo de crime, acabou por incentivar ações como essa.
Apesar das pequenas falhas que cometemos ao não produzir conteúdo sobre determinados assuntos, consideramos como positivo o balanço anual do Blog da Redação, que conseguiu informar a seus vestibulandos os principais destaques do ano de 2008. Para mais, um Feliz 2009 a todos e que o sonho de entrar em uma boa faculdade esteja cada vez mais perto!
Analisando as provas que já foram divulgadas pelas universidades, foi possível perceber que acertamos em alguns pontos e erramos em outros. O melhor dessa análise é verificar que acertamos mais do que erramos. Para o ano de 2009, a meta é não deixar passar despercebidas algumas situações que podem, sim, cair na prova de redação. Acompanhe como foi o ano de 2008 pelos olhos do Blog e das principais universidades do país.
Os temas de redação
A UFT, por exemplo, escolheu como tema “o tempo e o homem”, que foram tratados à exaustão pelo Blog, como a briga pelas cotas, o novo presidente e a crise dos Estados Unidos, a questão das células-tronco embrionárias, enfim, tudo aquilo que transformou a vida do homem de alguma maneira.
A Unesp também tratou da relação do homem, mas desta vez com a natureza. O tema foi “o homem: inimigo do planeta?”. As enchentes que assolaram Santa Catarina são um exemplo do que ele pode provocar no sistema natural das coisas e de como ele pode alterar para pior o curso do planeta Terra.
A reforma da Língua Portuguesa também foi tema de redação neste ano. O Cederj e a UFC propuseram para desenvolvimento de um texto o assunto que foi destaque neste ano.
2008 também foi um ano de disputas na política por vagas de vereador e prefeito das cidades brasileiras e, claro, objeto de discussões em toda a mídia, principalmente àquilo que diz respeito à elegibilidade e à propaganda eleitoral obrigatória e gratuita. Assim como o Blog, a UFRN discutiu a responsabilidade dos políticos e o efeito das peças publicitárias em seus eleitores.
O ITA preferiu tratar do problema da violência, não só no Brasil, como pode parecer, mas em todo o mundo. Infelizmente tivemos vários exemplos: os erros dos policiais militares, as torturas em Goiás e os protestos no Tibete e ainda os jovens que mataram inocentes em escolas e universidades.
A violência também foi tema da Unicamp, mas dessa vez contra os animais. O Blog também relatou as crueldades cometidas contra cães que servem de "pacientes" para estudantes de Veterinária e ainda outros pequeninos animais que são utilizados há anos como cobaias em experimentos científicos.
Já a FATEC preferiu discutir a efetividade das proibições dentro da sociedade brasileira. Para isso ela utilizou como exemplo a lei seca e a proibição de fumar em estabelecimentos fechados, ambos tratados também pelo Blog. A UEPB e a UNIR preferiram falar sobre a influência da informática na vida do homem contemporâneo e do perigo da pedofilia com o acesso de crianças à internet.
De alguma forma a UFBA toca no mesmo ponto, questionando os hábitos da família brasileira, assim como fizemos no Blog, debatendo as razões que levam pais a agirem tão maldosamente contra seus próprios filhos e, como não poderia deixar de ser, citamos o caso Nardoni e Fritzl.
Acompanhamos a UFPE ao lidar com a relação entre o trabalho e o lazer e também a UFLA que quis discutir a verdade dos fatos e a verdade de cada um, assim como foram os casos da imprensa com Isabella e da China que a China não mostra.
Já a UFES quis tratar do direito à informação no Brasil. Nós também o fizemos ao publicar artigos sobre o problema da Igreja contra a Imprensa e também da responsabilidade da Imprensa no caso Isabella Nardoni. A PUC-Rio falou sobre a violência contra a mulher e que expressamos no caso da menina torturada em Goiás.
A UFCG e a UFG debateram temas semelhantes: a irresponsabilidade de empresas de produtos emagrecedores e as formas de vigilância e o controle do corpo. O Blog fez o mesmo ainda em Janeiro no texto Beleza: o novo vício do século XXI. Por último, a prova de redação do vestibular EAD da UEM falou sobre as brincadeiras de criança, ao que discutimos sobre a proibição dos jogos violentos de videogame.
O que não dava para ajudar
Alguns assuntos, porém, não foram tratados pelo Blog, como por exemplo aqueles que exigiam uma capacidade maior do vestibulando de subjetivar. Veja alguns desses temas:
- Direito FGV: “Mito e linguagem”
- PUC-RS: O lugar ideal para se viver
- UEL: “Nem tudo é o que parece”
- UEM: “As funções dos sonhos”
- UEPA: Apontar problemas e oferecer soluções para o Brasil
- UERJ: “Relatividade”
- UFMS: Relatar episódio marcante referente à leitura ou escrita
- UFSCar: “A importância da música na vida das pessoas”
O que não fizemos
Alguns temas que caíram em provas de redações não foram tratados porque “demos bobeira”. A UECE, por exemplo, pediu que os vestibulandos redigissem um texto sobre a efetividade da Declaração dos Direitos Humanos, que em 2008 completou 60 anos. A Unimontes discutiu o fim do nepotismo no Poder Legislativo e esse foi, com certeza, um assunto recorrente neste ano.
A UFRJ pediu que os candidatos expusessem um olhar sobre a normalidade/anormalidade, ao que me veio rápido à mente o caso do estudante morto por um policial na Grécia, o que gerou inúmeros protestos, e a possibilidade de confrontar esse episódio com o de outros estudantes mortos pela polícia brasileira onde nada foi feito pela população. A intenção seria demonstrar que enquanto neste país é “normal” morrer injustamente, na Grécia é algo inadmissível.
Já a Unifesp discutiu o problema da super-população, algo não muito debatido pela mídia e, portanto, um tema inesperado. Por fim, a UCG, que propôs que os candidatos se pusessem no lugar de parente de vítima de crime passional, numa clara alusão ao caso da jovem Eloá, que acabou morta pelo namorado. A equipe Vestibular Brasil Escola optou por não falar sobre o assunto para evitar distorções àquilo que vem a ser o objetivo da mídia: informar. Infelizmente pudemos observar que, de certa forma, o assassino de Eloá foi exaltado, ganhando um espaço que distorceu sua imagem de bandido para celebridade. Como era de se esperar, imediatamente depois desse, outros casos assemelhados acabaram acontecendo, o que nos cumpre dizer que a mídia, ao invés de combater esse tipo de crime, acabou por incentivar ações como essa.
Apesar das pequenas falhas que cometemos ao não produzir conteúdo sobre determinados assuntos, consideramos como positivo o balanço anual do Blog da Redação, que conseguiu informar a seus vestibulandos os principais destaques do ano de 2008. Para mais, um Feliz 2009 a todos e que o sonho de entrar em uma boa faculdade esteja cada vez mais perto!