Não tem samba nas ruas do País do Futebol

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Greves e manifestações nas ruas brasileiras durante os preparativos para a Copa.

Maior parte das greves é na área de transportes

Os meios de comunicação a esta altura do campeonato deveriam ter todas as suas atenções voltadas para os preparativos da Copa do Mundo de Futebol 2014. No entanto, outros fatos ocupam as manchetes dos principais jornais do país. Em Goiânia, professores da rede municipal de educação estão parados e a Universidade Federal de Goiás (UFG) também ameaça greve. Na Bahia, em São Paulo, Florianópolis e Rio de Janeiro os motoristas do transporte coletivo estão de braços cruzados.

Na capital federal são os indígenas que se manifestam em frente ao Palácio do Planalto. Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, Sem-Terra e Desempregados, cada dia uma nova manifestação. As principais vias urbanas do país estão perdendo espaço para as manifestações. Estamos falando mesmo do “País do Futebol”?

O povo famoso no mundo por ser feliz e hospitaleiro se levantou em uma revolta diante, principalmente, dos investimentos feitos para a Copa do Mundo. Um país que deveria estar parado esperando os jogos começarem está parado porque o povo não aceita a condição que está vivendo.

No entanto o grande questionamento é: estamos em ano de eleições, será que estes protestos chegarão até o dia 5 de outubro? Ou será que durante a corrida eleitoral (propagandas políticas e promessas de campanha) o povo se esquecerá de todos estes protestos? 


Black Blocks protesta contra a Copa do Mundo de Futebol

Certamente nossos governantes que não desejam deixar os seus cargos, ou aqueles que desejam chegar até lá, devem apresentar soluções, desde as mais sensatas até as mais esdrúxulas, para os problemas reclamados. A mudança está nas mãos do povo e passa pelos protestos, mas o fator decisivo para uma transformação social é individual e diante das urnas.

A festa promovida por ocasião da Copa pode trazer muita alegria para o povo brasileiro, principalmente para aqueles que não encontram motivos para se alegrar. Mas a grande festa de 2014 é a festa da democracia. Não podemos esquecer que as eleições gerais, realizada de forma direta, foi um direito do povo brasileiro conquistada a custo de gritos e grandes protestos. É tempo de mudança.

E você, leitor? Qual sua opinião sobre as manifestações e greves que estão acontecendo às vésperas da Copa?