Proibir os jogos violentos?

Em 28/01/2008 13h47 Por Marla Rodrigues

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O juiz federal Carlos Alberto Simões de Tomaz, da 17ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Minas Gerais, proibiu a comercialização no Brasil dos jogos “Counter Strike” e “Everquest”, alegando que os mesmo são nocivos à saúde dos consumidores.

O Counter Strike é classificado pelo Ministério da Justiça como um jogo unicamente para maiores de 18 anos. O problema é que estes e outros jogos classificados para maiores de 14, 16 ou 18 anos são, muitas vezes, utilizados também por crianças. A preocupação maior é que é nesta fase da vida que a personalidade do indivíduo é moldada.

A pergunta é pertinente: um jogo violento pode tornar as pessoas violentas? De acordo com o psiquiatra Içami Tiba, isto depende do contexto social e familiar da pessoa. Ele acredita que jovens que convivem harmoniosamente com os demais não são influenciados por este tipo de jogos. Ainda segundo Tiba, o problema é que a violência no Brasil é muito presente e faz parte do cotidiano de muitos adolescentes.

Para os que gostam do jogo, a proibição de sua comercialização é uma bobagem que não impedirá o seu uso. Pelo contrário, eles acreditam que esta medida poderá turbinar as vendas, já que é possível comprar os jogos em sites internacionais por meio do cartão de crédito.

Em dezembro do ano passado, nos EUA, um casal de adolescentes matou uma criança de 7 anos, logo depois de jogarem Mortal Kombat. Ela estava sob os cuidados da irmã mais velha, que ajudou a matá-la. Eles alegaram que estavam “brincando” de Mortal Kombat com a menina e não perceberam que ela havia morrido depois de receber golpes como os do jogo. A autópsia revelou que a pequena tinha um pulso quebrado, mais de 20 lesões, o cérebro inchado e sangrava sob os músculos do pescoço e da espinha.

Agora é com vocês: a proibição da comercialização de jogos classificados como violentos é pertinente? Dê a sua opinião!