O sacrifício das pequenas cobaias

Em 21/01/2008 12h16 , atualizado em 28/01/2008 09h14 Por Camila Mitye

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A ciência fez descobertas que mudaram a vida do homem na Terra. Curas para doenças que dizimaram centenas de pessoas antigamente, utilização das plantas como drogas que aliviam dores e combatem males e experiências genéticas são algumas das atividades de laboratório mais comuns que chegam ao nosso conhecimento.
Mas uma questão está gerando polêmica há algum tempo: a utilização de animais como cobaias. Há limites para experimentação do homem? Onde termina a ciência e começam os direitos dos animais? E a legislação? O que diz?

Bem, esse é um assunto que gera controvérsias, argumentações, defesas passionais e acusações também cheias de cunho emocional. Os estudantes de Medicina Veterinária, por exemplo, utilizam-se de seu amor pelos animais como argumento por terem escolhido o curso. Mas poucos sabem que, em algumas instituições, durante o curso, os alunos sacrificam pequenos animas (cachorros ou gatos) para aprender a fazer cirurgias. O procedimento é simples: Um animal (geralmente abandonado ou residente em abrigos) é primeiro “prejudicado” (tem algum membro fraturado, algum tipo de doença provocada ou órgão retirado, entre outros), para que os estudantes possam aprender como curá-lo. Após a aula, o animal é sacrificado, pois, geralmente, a instituição não tem meios (lê-se grana) de manter aquele animal a base de remédios e do tratamento que ele necessita para voltar a ficar saudável.

Parece cruel? Bem, mas é realidade em instituições (inclusive Federais), e está longe de acabar. Fora o que acontece em congressos, feiras e nos próprios laboratórios.
É claro que os pequenos camundongos são peças chaves para a experimentação científica de medicamentos e tratamentos que podem revolucionar a ciência e salvar muitas vidas. Mas deve-se levar em conta a situação desses animais, se, depois de utilizados como cobaias, eles recebem o devido tratamento ou se são apenas descartados como fazem os estudantes de veterinária da história acima.


Pequena cobaia: camundongos são os mais utilizados

Tudo isso é bem complicado de tratar, pois envolve valores (humanos e científicos) e cultura, já que cada sociedade tem uma maneira diferente de lidar com os animais. Em alguns países, cachorros são alimentos e em outros, são mais queridos que os próprios filhos de seus donos.

A grande questão é o “umbiguismo” do homem que acha que é o ser mais importante do planeta e, por isso, pode usar e abusar de tudo que encontra nele. É preciso avaliar melhor esse comportamento, pois, por ações assim no passado a Terra acabou como está, à beira da falência.

E você, O que acha desse assunto? Exponha sua opinião, favorável ou não, mas não fique calado! Comente aqui o que acha da utilização de animais como cobaias.

Veja também:
Brasil Escola - Animais de laboratório