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Esta publicação não tem o intuito de contar pela milésima vez as versões dos acusados e testemunhas para o fato que culminou na morte da menina Isabella Oliveira Nardoni, de 5 anos, no último sábado, dia 29. A intenção aqui é tentar compreender o que fazem os jornalistas com os cidadãos que, por enquanto, são apenas suspeitos de uma investigação policial.
Desde que a hipótese de homicídio foi considerada, os jornalistas vêm procurando um culpado para poder apontar o dedo e, teoricamente, “solucionar” o caso. A função dos jornalistas é apenas reportar à sociedade aquilo que é relevante para o seu conhecimento – o que imagino não ser o caso. Quantas crianças já foram assassinadas e ninguém ficou sabendo? Por que este caso em especial tem de ser tão repercutido? Mas o ponto não é este.
Como o caso ainda não foi resolvido, a imprensa não deveria noticiar com tanto afinco a prisão temporária (repito: temporária) do pai e da madrasta da menina. A forma como alguns veículos divulgaram o fato deixou que a informação pudesse ser dada como definitiva: eles eram os culpados e pronto.
Difícil é ser jornalista: se escreve e no fim do processo os suspeitos eram mesmo culpados, então o mérito é de quem deu a notícia em primeira mão. No entanto, se o jornalista escreve e no fim do processo os tais suspeitos não tinham nada a ver com a história, então viram carrascos. Pior: se o jornalista não escreve e os suspeitos são dados como culpados, então o caso é negligência.
O que precisa haver é responsabilidade de ambas as partes: tanto do delegado que falou aos sete ventos o que está investigando quanto dos jornalistas que dão tudo como verdade. É preciso lembrar de um caso que aconteceu em março de 1994, quando surgiram denúncias de supostos abusos sexuais em crianças do maternal pelos donos de um colégio em São Paulo. Muito se falou, mas os sete acusados que foram colocados como vilões foram inocentados.
Eles foram praticamente banidos da sociedade, tiveram que abandonar suas casas, a escola foi depredada e saqueada e os muros foram pichados com ofensas. A não ser por um único jornal, o espaço reservado para a errata foi ignorado. A vida destas pessoas acabou, mas os jornalistas continuam trabalhando nos mesmo lugares, sem qualquer tipo de punição.
Por isso a preocupação com o bom senso da grande mídia que tanto insiste em especular informações e gerir sensacionalismo para poder vender notícia. Neste ponto, pergunto eu: o que nós – a sociedade – podemos fazer para desencorajar atitudes como esta? Desligar a TV? Não comprar o jornal? A resposta é com vocês!
Desde que a hipótese de homicídio foi considerada, os jornalistas vêm procurando um culpado para poder apontar o dedo e, teoricamente, “solucionar” o caso. A função dos jornalistas é apenas reportar à sociedade aquilo que é relevante para o seu conhecimento – o que imagino não ser o caso. Quantas crianças já foram assassinadas e ninguém ficou sabendo? Por que este caso em especial tem de ser tão repercutido? Mas o ponto não é este.
Como o caso ainda não foi resolvido, a imprensa não deveria noticiar com tanto afinco a prisão temporária (repito: temporária) do pai e da madrasta da menina. A forma como alguns veículos divulgaram o fato deixou que a informação pudesse ser dada como definitiva: eles eram os culpados e pronto.
Difícil é ser jornalista: se escreve e no fim do processo os suspeitos eram mesmo culpados, então o mérito é de quem deu a notícia em primeira mão. No entanto, se o jornalista escreve e no fim do processo os tais suspeitos não tinham nada a ver com a história, então viram carrascos. Pior: se o jornalista não escreve e os suspeitos são dados como culpados, então o caso é negligência.
O que precisa haver é responsabilidade de ambas as partes: tanto do delegado que falou aos sete ventos o que está investigando quanto dos jornalistas que dão tudo como verdade. É preciso lembrar de um caso que aconteceu em março de 1994, quando surgiram denúncias de supostos abusos sexuais em crianças do maternal pelos donos de um colégio em São Paulo. Muito se falou, mas os sete acusados que foram colocados como vilões foram inocentados.
Eles foram praticamente banidos da sociedade, tiveram que abandonar suas casas, a escola foi depredada e saqueada e os muros foram pichados com ofensas. A não ser por um único jornal, o espaço reservado para a errata foi ignorado. A vida destas pessoas acabou, mas os jornalistas continuam trabalhando nos mesmo lugares, sem qualquer tipo de punição.
Por isso a preocupação com o bom senso da grande mídia que tanto insiste em especular informações e gerir sensacionalismo para poder vender notícia. Neste ponto, pergunto eu: o que nós – a sociedade – podemos fazer para desencorajar atitudes como esta? Desligar a TV? Não comprar o jornal? A resposta é com vocês!