Delegada

Conheça mais da vida profissional das delegadas lendo a nossa conversa com Cristine Costa
Por Tiago Vechi

Mulher policial em alusão a vida profissional de uma delegada
Para se tornar delegada é preciso ser aprovada em concurso público
Crédito da Imagem: Shutterstock
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Tornar-se delegada de polícia é um ato de bravura, este é um destino que pertence aquelas pessoas que não convivem com a injustiça e sentem a necessidade de proteger os mais fracos. É, também, uma vida em que se assume riscos e o perigo é real.

Por isso, é uma vida profissional complexa, porém gratificante. A fim de compreender melhor a trajetória destas profissionais, conversamos com Cristine Costa, delegada da polícia civil de São Paulo

Delegada Cristine Costa

Confira o que descobrimos!

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Escolha de se tornar delegada

Cristine nos explica que, durante sua graduação em direito, sentiu atração pelo direito penal, mas não se enxergava atuando na área da advocacia.  Quando ela descobriu a profissão de delegada, teve certeza que era isso que queria para sua vida. 

Ela declarou:

"Então, foquei meus estudos nessa direção. Nunca fui “concurseira”. Nada contra, mas acho que devemos seguir nossa vocação, porque o trabalho é árduo, duro, difícil, mas encontramos prazer naquilo que amamos fazer e sempre conseguimos mais êxito quando fazemos por amor e vocação."

Rotina de uma delegada

Sobre sua rotina de trabalho, Cristine explica que policiais não tem um horário de trabalho bem estabelecido. Por vezes, é preciso cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão durante a madrugada. 

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Assim como, é necessário virar noites para executar flagrantes e capturas. Mas, na maior parte do tempo, cumprem turnos de 12 horas. 

Ela afirma que o dia a dia é sempre muito corrido para quem trabalha dentro das unidades policiais. Mas, também há a opção de realizar trabalho de escritório se optar por trabalhar dentro dos departamentos.

Características de boas delegadas

A principal característica destacada pela Cristine sobre bons profissionais da sua área é o olhar investigativo. Ela declara:

"Sempre desconfiarmos de situações aparentemente simples e esclarecidas. Particularmente na minha área de atuação, que é o enfrentamento a violência doméstica e sexual contra mulheres, crianças e adolescentes, além do olhar aguçado para a atividade policial, acredito ser fundamental preservarmos a empatia pelas vítimas."

Para além, da função punitiva da polícia, Cristine destaca a necessidade de acolhimento que as vítimas têm. Principalmente, quando o assunto é violência doméstica e/ou sexual. 

Dicas para quem quer se tornar delegada

Para jovens que querem trabalhar dentro das delegacias, Cristine recomenda que procurem conhecer a carreira. Ela faz um alerta para quem busca uma atividade 100% segura, sem riscos e com horários estabelecidos:

"Certeza que não vão gostar da carreira policial. Um profissional insatisfeito é péssimo para si próprio e para a corporação."

Mas, para quem tem essa vocação, ela recomenda que se estude muito e faz uma promessa:

"Existe uma frase muita “batida”, mas acreditem, ela é real -  só não passa quem desiste! Acreditem!"

 

Por Tiago Vechi

Jornalista