Se a sua vontade é estudar na Ásia, o momento pode ser propício. Diferentes países divulgaram recentemente novos planos de atrair mais estudantes internacionais nos próximos anos, com iniciativas que vão desde parcerias com universidades internacionais a bolsas de estudo.
Tópicos deste artigo
- 1 - Japão aumenta meta para 400.000 em dez anos
- 2 - Taiwan quer reter graduados talentosos no país
- 3 - Hong Kong dobra cota para estrangeiros em universidades públicas
Japão aumenta meta para 400.000 em dez anos
O primeiro a divulgar as novas metas foi o Japão, no primeiro semestre de 2023. Segundo o anúncio oficial do governo japonês, a intenção é receber no país 400.000 estudantes internacionais até 2033 para "reforçar a posição educacional do Japão no exterior". Além disso, o país quer que 500.000 japoneses tenham a oportunidade de estudar no exterior no mesmo período.
O governo bateu sua meta prévia, de atrair 300.000 estudantes internacionais até 2020, um ano antes - em 2019, haviam 310.000 estrangeiros matriculados no país. Outra razão para a nova iniciativa ambiciosa é reforçar a economia através da globalização para superar o declínio de trabalhadores nacionais qualificados, formando uma mão de obra internacional que queira permanecer no país após os estudos.
Taiwan quer reter graduados talentosos no país
Taiwan, o país insular na Ásia Oriental, tem um objetivo similar. Em setembro, o plano do Ministério da Educação foi aprovado para criar dez escritórios no exterior, a maioria em países do Sudeste Asiático, e lançar uma série de novos cursos de graduação com o objetivo de atrair 320.000 estudantes internacionais em Taiwan até 2030.
Mas a intenção principal é reter 210.000 dos novos alunos no país após se formarem para aumentar a força de trabalho da região. Taiwan enfrenta o envelhecimento da população e o declínio das taxas de natalidade. Segundo o Ministério da Educação, a nova estratégia se concentra em atrair estudantes de STEM devido à forte demanda por talentos nesses setores por parte das empresas de Taiwan.
Para isso, o governo também investirá em bolsas de estudo. Após a graduação, espera-se que os estudantes permaneçam e trabalhem em Taiwan por mais dois anos para a empresa que os patrocinou ou então paguem a bolsa de estudos recebida. Outra estratégia será a de agilizar os processos burocráticos para garantir a residência no país.
Hong Kong dobra cota para estrangeiros em universidades públicas
A partir do ano letivo de 2024-25, com início em setembro de 2024, as oito universidades públicas de Hong Kong vão dobrar o número de vagas de estudantes internacionais para 40%. A porcentagem de 20%, que regeu por mais de uma década, aumentará, principalmente, para enfrentar o declínio demográfico iminente da ilha e ajudará Hong Kong a atrair os estudantes mais promissores do mundo.
Em 2022, Hong Kong já havia anunciado o novo esquema de vistos chamado "Top Talent Pass Scheme" para atrair talentos globais interessados em trabalhar no país com um visto de dois anos de duração, sem a necessidade de uma oferta prévia de emprego. Uma das regras para se qualificar é ter se formado em uma das 100 melhores universidades do mundo de acordo com os principais rankings do setor - portanto, a lista varia anualmente.
Aliás, falando nos principais rankings mundiais, cinco das oito universidades públicas de Hong Kong conseguiram uma classificação no top 100 do Times Higher Education World University Rankings 2024: University of Hong Kong, Chinese University of Hong Kong, Hong Kong University of Science and Technology, City University of Hong Kong e Hong Kong Polytechnic University.