Interpretando mapas na prova do Enem
O candidato, ao saber ler e compreender os mapas na prova do Enem, pode estar dando um passo à frente de seus concorrentes.
Olá, pessoal! Hoje é um dia importante para nossos estudos, pois vamos conferir algumas dicas sobre a leitura de mapas na prova do Enem.
A linguagem cartográfica é algo extremamente importante, pois ela configura-se como uma forma de comunicação operada a partir da representação de um dado lugar do espaço em um plano. No Enem, a cartografia pode surgir de duas formas diferentes: ou com perguntas diretas sobre o tema ou com a utilização dos conceitos para responder a assuntos de outras áreas, o que tem mais a ver com o estilo de prova que o Enem costuma cobrar.
Confira o exemplo a seguir:
(ENEM – 2013)
Mapa 01 – Distribuição da população Brasileira
Mapa 02 – Conflitos em terras indígenas no Brasil
Os mapas representam distintos padrões de distribuição de processos socioespaciais. Nesse sentido, a menor incidência de disputas territoriais envolvendo povos indígenas se explica pela
a) fertilização natural dos solos.
b) expansão da fronteira agrícola.
c) intensificação da migração de retorno.
d) homologação de reservas extrativistas.
e) concentração histórica da urbanização.
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Essa questão envolve uma mescla entre diferentes temas: a luta pela terra, o processo de urbanização e a distribuição das atividades no espaço geográfico do Brasil. No entanto, o candidato não necessariamente precisaria saber tudo sobre esses assuntos para conseguir “matar” a questão. Bastaria somente ler corretamente o que foi representado nos cartogramas.
No Mapa 1, como o título indica, está representada a distribuição espacial da população brasileira, que historicamente se concentrou na região Sudeste, onde, por isso, existem as maiores e mais urbanizadas cidades do país. Podemos perceber, com a observação das legendas, que a maior parte dos quantitativos urbanos encontra-se em zonas litorâneas, com destaque fornecido pelo próprio mapa para as cidades de São Paulo e Rio de Janeiro.
Já no segundo mapa, o título indica a distribuição dos conflitos ocorridos em propriedades indígenas. A figura apresenta três tipos de legendas: “terra indígenas”, “garimpeiros e madeireiros”, e “fazendeiros, posseiros e pressão de políticos locais (conflitos de terras)”. O que podemos notar é que a maioria dos territórios indígenas, bem como os conflitos e luta pela posse de terras para uso, encontra-se na região Norte e no estado do Mato Grosso, além do oeste do Maranhão.
Comparando, então, os dois mapas, notamos que há um contraponto, em que as áreas já urbanizadas apresentam uma quantidade menor de disputas entre indígenas e outros grupos pela terra, o que já seria suficiente para que o candidato assinalasse a letra E, que é o gabarito oficial da questão. Afinal, as áreas mais urbanizadas são justamente aquelas em que o processo de expulsão e dizimação dos índios já se concluiu inteiramente, o que aconteceu mais intensamente durante o período colonial.
É por essas e outras que o candidato, ao se preparar para o Enem, deve sempre estar atento sobre o que é necessário para fazer corretamente a leitura dos mapas. Para isso, ele precisa estar por dentro de temas como os tipos de mapas de gráficos, a classificação e os elementos existentes nos mapas temáticos, a orientação pelos pontos cardeais, as legendas e os símbolos dos mapas, o uso e importância das escalas cartográficas, os diferentes tipos e utilidades das projeções e a formação das coordenadas geográficas e seus elementos.
Tudo isso poderá ser de grande importância para auxiliar o estudante a resolver exercícios que, a princípio, podem parecer complexos, mas que acabam tornando-se fáceis quando a leitura dos mapas é facilitada. Por isso, mãos à obra e bons estudos!