Enem: exame pode ter duas versões em 2024

O Enem pode ganhar duas versões a partir de 2024. A informação foi dada na tarde de ontem, pelo ministro da Educação, Camilo Santana, à rádio O Povo CBN.

De acordo com o ministro, o objetivo seria reduzir os impactos da possível implementação do Novo Ensino Médio. No início de abril a pasta havia adiado a implementação do mesmo.

As duas provas poderiam ser uma opção para que "não prejudique e dê justas opções para todos os alunos que estão no ensino médio das escolas públicas e privadas no Brasil", afirmou o ministro em entrevista. 

Enem e Novo Ensino Médio

Com a implementação do novo ensino médio, a ideia é que o Enem seja adaptado de modo gradual aos conteúdos do ensino médio. 

De acordo com o cronograma, a partir de 2024 os candidatos fariam as provas em dois dias. No primeiro, com provas gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e no segundo dia com provas específicas de cada área vinculada ao curso pretendido. 

A revogação do calendário de implementação causou preocupação nas instituições de ensino que já iniciaram o ano letivo considerando o novo modelo.

Novo Ensino Médio

A implementação do Novo Ensino Médio foi suspensa pelo MEC no dia 05 de abril. Segundo Camilo, no processo de implementação do Novo Ensino Médio houve a ausência de diálogo com os gestores públicos. 

Ele citou as dificuldades no acompanhamento da implementação, o apoio que o MEC não deu aos estados, como também a inserção dos itinerários formativos nas escolas. 

Santana enfatizou que pretende aprimorar o ensino médio, torná-lo mais atrativo e mais interessante para o mercado de trabalho. 

O Novo Ensino Médio foi definido por meio da Lei 13.415/2017. Entre as mudanças do novo sistema estão:

• Maior carga horária;

• Menor número de aulas expositivas;

• Criação dos itinerários formativos, que são formados por disciplinas pelas quais os estudantes podem optar em cursar de acordo com seus interesses.

A implementação do Novo Ensino Médio foi iniciada em 2022, sendo feita de forma gradual.

Desde o início do Governo Lula, a pressão popular contra o modelo de ensino reacendeu o debate sobre o sistema adotado.