A Universidade Estadual de Mato Grosso Sul (UEMS) desde 2004 adota a política de ações afirmativas que destina 20% das vagas para candidatos afrodescendentes oriundos de escolas públicas e 10% para indígenas. Em 2014 a instituição extinguiu o vestibular tradicional, adotando o Sistema de Seleção Unificado (SiSU) como principal forma de ingresso.
O desejo de implementar uma política de ação afirmativa nos processos de ingresso da UEMS surgiu em 2002. O projeto foi proposto pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, quando foram sancionadas duas leis que regulamentavam cotas para negros e índios.
Como participar
O processo seletivo acontece em duas etapas: a primeira é a inscrição pelo sistema SiSU e a segunda é chamada dos classificados. No ato da inscrição, o candidato deve informar duas opções de cursos para os quais deseja concorrer, além da forma de disputa pela vaga, se ampla concorrência ou pelo sistema de cotas.
Caso o estudante seja selecionado pelo sistema de cotas ele deve comprovar as informações prestadas na inscrição. Os afrodescendentes devem fornecer uma foto recente 5x7, o histórico escolar do Ensino Médio em escola pública, além de preencher corretamente a autodeclaração contida no formulário de inscrição. Para deferir a matrícula, uma comissão formada por representantes da UEMS e do Movimento Negro sul mato-grossense analisará o fenótipo do candidato. Já os estudantes indígenas devem providenciar uma declaração de descendência e etnia fornecida pela FUNAI em conjunto com uma Comissão Étnica, constituída em cada comunidade indígena.
Classificação
Ao final da etapa de inscrição, o sistema seleciona automaticamente os candidatos com melhor classificação em cada curso, conforme as notas obtidas no Enem e eventuais considerações, como o peso atribuído à nota, por exemplo. Os selecionados serão aqueles que conseguirem se classificar dentro número de vagas ofertadas pelo curso, considerando também a modalidade de concorrência.
Caso as vagas não sejam totalmente preenchidas pelo SiSU, a UEMS disponibiliza um Processo Seletivo Interno (PSI), na qual a universidade considera as notas obtidas no Enem para convocar, por conta própria, estudantes que estejam interessados nas vagas ociosas. A inscrição no SiSU não garante a participação no PSI, é necessário que o candidato manifeste junto a instituição o interesse em participar.