O mito da Independência do Brasil
Os livros didáticos relatam a história da independência do Brasil de forma tão mítica, encomendada, quase que recriada para enaltecer este momento histórico “sublime” do nosso país, raramente questionado ou criticado pela sociedade. Infelizmente, o sete de setembro de 1822 foi muito menos significativo do que é celebrado atualmente.
É bastante cômodo associar a independência do Brasil ao famoso quadro de Pedro Américo, “O Grito do Ipiranga”, o qual personifica o ato histórico na pessoa de Dom Pedro I, quando, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo, ele dita o célebre brado: “Independência ou morte”. Entretanto, o Brasil realmente tornou-se livre a partir de então?
Na realidade, a independência do Brasil restringiu-se apenas à questão política. Ou seja, não modificou em absolutamente nada o momento sócio-econômico da época, permanecendo com as mesmas características do período colonial. Um detalhe de suma importância, freqüentemente esquecido, é o fato de que a maior parte da população brasileira estava apática aos acontecimentos. Por isso, é tão difícil encontrar a participação do povo brasileiro nos livros de história, referente aos acontecimentos da independência.
É desolador perceber que a independência do Brasil não caracterizou nenhuma ruptura com o processo colonial. As bases sócio-econômicas como o trabalho escravo, a monocultura, o latifúndio, os quais representavam a preservação dos privilégios aristocráticos, continuaram inalteradas. Para os escravos, por exemplo, a independência não significou nada. A vida nas lavouras continuou inalterada durante aproximadamente mais de 60 anos.
A independência do Brasil, tão festejada e comemorada em todo sete de setembro, na verdade não teve nenhum significado social. A impressão que se tem é de que a história dos livros didáticos é meramente mítica. Quanto a nós, brasileiros patriotas, precisamos sempre questionar os acontecimentos da nossa história. Afinal, por trás de um bom enredo histórico, há sempre uma realidade opressora.
É bastante cômodo associar a independência do Brasil ao famoso quadro de Pedro Américo, “O Grito do Ipiranga”, o qual personifica o ato histórico na pessoa de Dom Pedro I, quando, às margens do rio Ipiranga, em São Paulo, ele dita o célebre brado: “Independência ou morte”. Entretanto, o Brasil realmente tornou-se livre a partir de então?
Na realidade, a independência do Brasil restringiu-se apenas à questão política. Ou seja, não modificou em absolutamente nada o momento sócio-econômico da época, permanecendo com as mesmas características do período colonial. Um detalhe de suma importância, freqüentemente esquecido, é o fato de que a maior parte da população brasileira estava apática aos acontecimentos. Por isso, é tão difícil encontrar a participação do povo brasileiro nos livros de história, referente aos acontecimentos da independência.
É desolador perceber que a independência do Brasil não caracterizou nenhuma ruptura com o processo colonial. As bases sócio-econômicas como o trabalho escravo, a monocultura, o latifúndio, os quais representavam a preservação dos privilégios aristocráticos, continuaram inalteradas. Para os escravos, por exemplo, a independência não significou nada. A vida nas lavouras continuou inalterada durante aproximadamente mais de 60 anos.
A independência do Brasil, tão festejada e comemorada em todo sete de setembro, na verdade não teve nenhum significado social. A impressão que se tem é de que a história dos livros didáticos é meramente mítica. Quanto a nós, brasileiros patriotas, precisamos sempre questionar os acontecimentos da nossa história. Afinal, por trás de um bom enredo histórico, há sempre uma realidade opressora.
"O grito do Ipiranga", de Pedro Américo
Veja o perfil de Adrielle Lopes
Leia mais sobre a Independência do Brasil
Características da regência de D. Pedro I
Hino da Independência