José Lins do Rego

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José Lins do Rego Cavalcanti nasceu no dia 3 de junho de 1901, em Engenho Corredor em Pilar, na Paraíba, e faleceu em 12 de setembro de 1957, no Rio de Janeiro/RJ.

Filho de João do Rego Cavalcanti e Amélia Lins Cavalcanti, foi criado no engenho Corredor, de propriedade do avô materno, que o criara devido à morte precoce da mãe.

O romancista, jornalista e cronista José Lins do Rego ingressou no Internato Nossa Senhora do Carmo aos oito anos e lá permaneceu por três anos. Por volta dos 17 anos, teve contato com obras de Raul Pompéia e Machado de Assis.

Em 1919 ingressou na Faculdade de Direito do Recife e passou a escrever uma coluna para o jornal “Diário da Paraíba”. Se formou em 1924. Nesse período, ampliou seus contatos com o mundo literário. No ano de 1924 casou-se com D. Filomena Masa Lins do Rego. Em 1925 tornou-se promotor em Manhuçu, Minas Gerais, e, no ano seguinte, mudou-se para Alagoas, onde se tornou fiscal de bancos e de consumo.

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Carreira

Em Alagoas teve contato com diversos escritores como Graciliano Ramos e Rachel de Queiroz. Publicou seu primeiro livro em 1932, Menino de engenho, que se tornou grande sucesso. Posteriormente, publicou Doidinho (1933). Após o sucesso de suas publicações, o editor José Olympio lhe propôs uma edição de 10 mil exemplares para o próximo romance.

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O escritor, muito estimado pelo público, tornou-se um escritor de prestígio. Em 1935, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde voltou a escrever para jornais e foi secretário da Confederação Brasileira de Desportos (1945 – 1954).

No ano de 1936, publicou Histórias da Velha Totonha, seu único livro infantil. Suas obras começaram a ser traduzidas em vários idiomas. O romance Fogo morto (1942) é reconhecido como sua obra-prima.

O escritor consagrou-se como romancista da decadência dos senhores de engenho e como mestre do regionalismo. Em 1953, publicou seu último romance: Cangaceiros. Tornou-se membro da Academia Brasileira de Letras em 1956, nesse mesmo ano publicou Meus Verdes Anos (livro de memórias).

Morreu em 1957, aos 56 anos, vítima de um problema hepático.

As principais obras de José Lins do Rego

  • Menino de Engenho (1932);
  • Doidinho (1933);
  • Bangüê (1934);
  • O Moleque Ricardo (1935);
  • Usina (1936);
  • Pureza (1937);
  • Pedra Bonita (1938);
  • Riacho Doce (1939);
  • Água-mãe (1941);
  • Fogo Morto (1943);
  • Eurídice (1947);
  • Cangaceiros (1953);
  • Meus Verdes Anos (1953);
  • Histórias da Velha Totonha (1936);
  • Gordos e Magros (1942);
  • Poesia e Vida (1945);
  • Homens, Seres e Coisas (1952);
  • A Casa e o Homem (1954);
  • Presença do Nordeste na Literatura Brasileira (1957);
  • O Vulcão e a Fonte (1958);
  • Dias Idos e Vividos (1981).