O Brasil é hoje o quinto maior produtor têxtil do mundo ficando atrás somente da China, Hong Kong, Índia e Estados Unidos, segundo a 13° edição do Relatório Setorial da Indústria Têxtil Brasileira – Brasil Têxtil 2013. Além de ser o único do Ocidente a ter cadeia têxtil completa, da plantação de algodão até o desfile na passarela.
Com o crescimento do mercado têxtil, há cada vez mais a necessidade de profissionais qualificados nesta área. A procura por especialistas que possam atuar no gerenciamento e marketing de confecções fez com que dois novos cursos fossem criados, Engenharia Têxtil e Tecnologia Têxtil e da Indumentaria.
O tecnólogo têxtil pode atuar tanto na área industrial quanto na de Design. Na indústria, ele gerencia a produção de fios e tecidos, concebe cores e padronagens, além de pesquisar novos produtos. Como estilista, cria peças de vestuário, produz catálogos e desfiles. O profissional tem formação para controlar toda a comercialização, desde a estratégia de promoção até a venda da mercadoria ao consumidor.
O Engenheiro Têxtil projeta instalações, equipamentos, linhas de produção de tecelagens e indústrias de confecção de roupas. Sua formação é voltada para a visão econômica organizacional e empresarial de toda a cadeia têxtil, estando apto para trabalhar na produção de fios têxteis, malhas e não-tecidos. A principal diferença entre o curso de Engenharia Têxtil e com o Têxtil de Moda é que o engenheiro atua no desenvolvimento da indústria têxtil e desenvolvimento de fios, já o tecnólogo desenvolve estampas, tecidos e padronagens voltadas para o vestuário.
E engana-se quem acha que esses profissionais têm espaço somente no mundo da moda. Na área da saúde, por exemplo, eles pesquisam novos tipos de gaze e trajes médicos especiais; no setor automotivo, desenvolvem soluções inovadoras para bancos e revestimentos; e na construção civil atuam no desenvolvimento de mantas impermeabilizantes inéditas para coberturas. As possibilidades de trabalho são maiores na Região Sul, principalmente no Vale do Itajaí. O mercado também é forte no interior de São Paulo, como em Americana, Santa Bárbara D’Oeste, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia.
No Brasil, a Universidade de São Paulo (USP) era a única instituição do país que oferecia o curso de bacharelado em Tecnologia Têxtil e da Indumentária. A baixa procura pelo curso fez a USP alterar a grade curricular inserindo mais disciplinas de Artes e Moda. Hoje, o curso é conhecido como bacharelado em Têxtil e Moda, com possibilidade de ampliar os conhecimentos tecnológicos na pós-graduação.
Salário inicial médio: R$ 4.500 (Engenheiro Têxtil)
Instituições de Ensino
Região Sudeste
Rio de Janeiro: Senai-Cetiqt.
São Paulo: USP; Fatec-Americana; FEI.
Região Nordeste
Rio Grande do Norte: UFRN.
Região Sul
Paraná: UTFPR; UEM.
Santa Catarina: UFSC