Engenharia de Pesca

Por Adriano Lesme

O profissional responsável pela localização, beneficiamento e conservação de cardumes
O profissional responsável pela localização, beneficiamento e conservação de cardumes
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O mundo produz aproximadamente 30 milhões de toneladas de organismos aquáticos criados em cativeiro. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a FAO, há perspectivas de crescimento de cerca de 8% ao ano. Ambiente ideal para um futuro promissor de quem deseja cursar Engenharia de Pesca.

O curso é antigo no país. Na Unioeste, por exemplo, faz parte do quadro de vagas dos vestibulares desde 1987. Mesmo assim, a graduação ainda é pouco conhecida, tanto que faltam profissionais qualificados no mercado de trabalho. Basicamente, eles lidam diretamente com o cultivo, captura e industrialização de peixes e demais animais de água doce e salgada.

Ao final de cinco anos de graduação, o egresso estará apto a desenvolver técnicas para localização de cardumes e, depois, criar condições eficazes de beneficiamento e conservação do pescado, bem como acompanhar sua industrialização e distribuição para o consumo. Como especialista em aquicultura, tem grandes chances de bons negócios em projetos de fazendas e viveiros para criação de organismos marinhos e fluviais.

Outra atividade que pode gerar lucros é a orientação de comunidades de pescadores, ainda mais que a região da costa brasileira é bastante extensa. Neste âmbito, o engenheiro poderá orientar os pescadores sobre maneiras eficazes de aumentar a produtividade, aliada com a conservação e equilíbrio do meio ambiente.

Curso e mercado de trabalho

A graduação mescla disciplinas voltadas para as áreas de exatas e biológicas. Os primeiros períodos estão recheados de matérias mais gerais como ecologia, zoologia, estatística e cálculo. Mas as aulas práticas em laboratório ou em campo ocupam grande parte da grade curricular, além de meteorologia, bioquímica e biotecnologia, economia e administração pesqueira.

Os principais postos de trabalho estão localizados nas regiões nordeste e sul. Frigoríficos e empresas de produção de pescado são os principais alvos dos formados. O setor público também tende a procurar mais estes profissionais, principalmente com a criação da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca, em 2003, pelo governo federal.

De acordo com a Federação das Associações de Engenheiros de Pesca do Brasil, o salário de um graduado pode chegar a nove salários mínimos vigentes quando são trabalhadas 40 horas semanais. No caso de 30 horas, o valor cai para seis salários. Mas no geral, o piso nacional não é cumprido. Em média, um iniciante no mercado pode ganhar de R$ 1.200 a R$ 2.400.

Instituições de Ensino

Região Nordeste
Alagoas: UFAL.
Bahia: UNEB, UFRB.
Ceará: UFC.
Maranhão: UEMA
Pernambuco: UFRPE.
Piauí: UFPI.
Rio Grande do Norte: UFERSA.
Sergipe: UFS.

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Região Norte
Amapá: UEAP
Amazonas: UFAM
Pará: UFPA, UFRA.

Região Sudeste
Rio de Janeiro: UNIPLI

Região Sul
Paraná: Unioeste
Santa Catarina: Udesc

Por Wanessa de Almeida